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O que a igualdade salarial entre gêneros tem a ver com a produtividade?

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por IVO PAULO S. LIMA*

Segundo recente divulgação do Fórum Econômico Mundial, colocada em destaque nos meios de comunicação, o país ocupa a 129ª posição no ranking de igualdade de salários entre gêneros.

No ano passado Ivo Paulo S. Lima escreveu sobre essa temática e trouxe um elemento importante para a análise da desejada “igualdade salarial”: a produtividade.  Confira abaixo: 

 

Um estudo da FEE (Fundação de Economia e Estatística) demonstra que a diferença salarial entre homens e mulheres é três vezes menor que a indicada pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, se levados em conta alguns critérios de produtividade.

Os dados da pesquisa levam ao entendimento de que empresários não pagam 21% a menos para uma mulher apenas por ela ser mulher. Eles pagam menos para quem produz menos. A questão a se observar é: por que as mulheres produzem menos?

A pesquisa deixa claro que há um papel cultural na diminuição da produtividade feminina. Por exemplo, “os dados sugerem que a diferença salarial diminuiria se os homens dividissem os afazeres domésticos com as mulheres”, afirma Guilherme Stein, um dos responsáveis pela pesquisa. Mas por que a divisão desses afazeres, segundo a pesquisa, não costuma ocorrer? As mulheres são vítimas de alguma coerção, são obrigadas a adotar certos estilos de vida, ou possuem liberdade para fazer suas próprias escolhas? E ainda, quais seriam as respostas a essas mesmas questões se elas se referissem aos homens?

Será que todo esse problema realmente é uma construção social, uma característica cultural nossa? E, se sim, como devemos agir diante disso? Impondo nossos ideais culturais sobre outras pessoas? Ou “apenas” fazendo a nossa parte, e vivendo a nossa vida como achamos correto?

Voltando ao patrão que paga menos para quem produz menos, fica claro que a solução para o problema não é forçá-lo a pagar salários rigorosamente iguais para ambos os sexos (isso só aumentaria a propensão dele a contratar homens, em detrimento de mulheres, já que a produtividade deles, conforme apontado pelo estudo, costuma ser maior). Além da (suposta) malvadeza ou do machismo implacável do patrão; é preciso pensar em como os indivíduos se relacionam, e quais são os incentivos aos quais eles são submetidos.

Chego à conclusão de que devemos priorizar a liberdade individual. Se um homem e uma mulher podem viver como querem, dividindo, a critério do casal, as responsabilidades familiares (seja com ambos trabalhando em tempo integral ou não), por que devemos enxergar isso como um problema?

Não há nada de errado em sonhar com uma sociedade que espera o mesmo de homens e mulheres. O errado é querer obrigar a que homens e mulheres vivam suas vidas conforme a sociedade ideal com que se sonha.

Para finalizar, uma dica: contrate mulheres e economize cerca de 7% na folha salarial. Se elas recebem menos por um mesmo serviço, por que continuar contratando homens?

*Ivo Paulo S. Lima Jr. é estudante na universidade de Chicago. 

 

 

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