A autonomia do Banco Central serve para que populistas demagogos como o senhor Luís Inácio Lula da Silva sejam contidos.

A autonomia do Banco Central é fundamental para que princípios econômicos e métodos eficientes e comprovados de combate ao aumento da inflação sejam colocados em prática.

São inúmeros os países que possuem uma moeda forte e dispõem de um Banco Central autônomo com mandatos que não coincidam com o mandato eletivo. É por esse motivo que a chamada zona do Euro, os Estados Unidos, o Reino Unido e grande parte dos países latino-americanos seguem por esse caminho. Até mesmo a Rússia e sua incansável “mão de ferro” dispõem de um Banco Central autônomo para impedir que as decisões de guerra esfarelem a economia interna por completo.

Então, qual o motivo de Lula desejar tanto contrariar o mundo e dominar o Banco Central com indicações políticas? Ora, porque é um demagogo populista.

Afinal, as altas taxas de juros herdadas do governo anterior estão aí para conter a escalada inflacionária ocorrida durante a pandemia e que persistiu por conta de medidas eleitoreiras irresponsáveis. A razão é simples: manter a inflação estável para a economia.

Mesmo sabendo disso, o presidente Lula afirma que não quer inflação europeia: “quero inflação brasileira. Porque já vivi na época que era 80% ao mês a inflação.” Não sei se é uma piada de mau gosto ou se é má-fé mesmo.

O que podemos concluir é que o desejo da ampliação dos tentáculos do PT é tão grande que Lula sequer faz questão de esconder que tanto faz a inflação, contanto que ele controle o presidente do Banco Central. Esse é o mesmo que gritava com toda a força em novembro passado que, se não houvesse uma PEC que liberasse 200 bilhões de reais acima do teto, não haveria como operar o Brasil. Aparentemente, de acordo com ele, é tranquilo operar o Brasil com a moeda perdendo metade de seu valor a cada cinco semanas.

Impedir que o Banco Central volte a operar sob forte influência política não é apenas uma questão de impedir Lula, mas sim impedir o avanço do poder de demagogos como ele. Afinal, para eles, o pobre que aprenda a conviver com a inflação, pois “o importante é controlar o Banco Central e operar minha demagogia econômica irrestrita”.