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O perigo que é a aversão a opiniões divergentes no Brasil

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Nos últimos tempos, têm-se presenciado, cada vez mais, um aumento exponencial de intolerância a pensamentos e opiniões divergentes. A onda de cancelamentos que vemos quase que diariamente nada mais é que fruto desta época tão aterrorizante.

Hoje em dia, parece que não concordar com alguém se tornou um ultraje. Exempli gratia, o simples fato de Carlos discordar politicamente de David pode ser considerado o pior “erro” do mundo, desencadeando, por conseguinte, uma verdadeira perseguição contra o “ignorante” e “arrogante” Carlos, que não sabe que David é a personificação do “bem”.

Você pode até pensar, a princípio, que o exemplo usado para ajudar a ilustrar a ideia que estou tentando transmitir neste texto (aversão a opiniões diferentes) não condiz com a realidade, acreditando que ninguém sofre verdadeiramente tais dantescos efeitos de ter uma opinião diferente de outra pessoa ou grupo, mas nada poderia estar mais errado do que isso.

Mais recentemente, na quarta-feira, dia 29 de junho, manifestantes da União da Juventude Comunista (UJC) invadiram um evento na Unicamp impedindo que os palestrantes (Fernando Holiday e Leonardo Siqueira) falassem acerca de assuntos considerados urgentes para a pauta estudantil, visto que os interlocutores discordam veementemente das tradicionais e infames propostas de movimentos estudantis (como a UNE, a título de exemplo) para a educação.

Neste caso em específico, qualquer indivíduo de bom senso, independentemente de sua posição política, entende que a atitude não é nem um pouco democrática, muito menos moderada. Um episódio dessa estirpe não poderia receber outra definição a não ser a de extremismo.

Ademais, o que mais chega a ser cômico em toda essa história é o fato de o movimento e seus associados afirmarem “combater o fascismo”, ao mesmo tempo que utilizam métodos fascistas para agredirem e silenciarem seus opositores/desafetos políticos.

Você, caro(a) leitor(a), sabia que a hegemonia de discurso, de opinião, é a principal característica do fascismo? Como disse o cientista político Luiz Felipe D’Avila, “Essa turma […], que adora chamar os outros de fascistas deixaria Mussolini muito orgulhoso”.

A esse respeito, convém ressaltar que a bolha de pensamento imunda, autoritária e ignorante na qual essas pessoas estão inseridas é absolutamente contrária a qualquer tipo de pluralidade, princípio inerente à liberdade ou à democracia.

A hipocrisia e a contradição, que acabam por preceder essa massa de acéfalos ignorantes e arrogantes, motivam a pausa para reflexão por parte daqueles que acabam tendo que assistir a algumas dessas desprezíveis e horripilantes situações.

Como é sabido, todos os regimes totalitários possuem aversão pela liberdade de expressão e pensamento, sob pena de que suas ideias, sendo expostas ao contraditório, possam ser refutadas e, assim, percam sua hegemonia. É verdade que estamos longe de tal realidade (no sentido de vivermos em uma ditadura), mas isso não quer dizer, necessariamente, que devamos menosprezar os referidos acontecimentos. Isso seria um erro gravíssimo!

*Rafael Sousa é estudante e ferrenho defensor das ideias da liberdade.

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