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O bom conservador é liberal e não anda em bando

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Nos últimos dias, surgiu nas redes sociais, especialmemte entre formadores de opinião da direita brasileira, uma discussão sobre as diferenças entre reacionarismo e conservadorismo. Não entro na celeuma dessas distinções neste texto, mas apresento meu pensamento sobre as sete características sagradas de um verdadeiro conservador, entre as quais está a já conhecida defesa das instituições sagradas.

Para tanto, poderia citar grandes expoentes do conservadorismo, como Burke, Chesterton, C.S. Lewis, Churchill, Thatcher e vários outros e outras que nos deram lições tanto literárias como exemplos práticos do que é ser um conservador de verdade, pois são personagens importantes e devem ser lembrados. Contudo, na segunda metade do artigo, como ferramenta reflexiva, apresento sete sentenças de Reagan, esse grande frasista conservador que levou os ianques a uma hegemonia econômica mundial nunca antes vista.

Iniciamos com as sete características de um bom conservador:

1) o conservador respeita e defende a família. Ela é a base de tudo. Por ela e para ela o conservador levanta de manhã para buscar o sustento. O conservador também trabalha para alcançar seus objetivos, é verdade, mas em primeiro lugar ele coloca seu lar.

2) o conservador respeita e defende a fé ou o direito de seu próximo para professá-la. Desde que essa fé, é claro, não seja totalitária, como as que doutrinam que a mulher sirva como um mero objeto que nem seu rosto em público pode mostrar. Essa fé a ser defendida, também é preciso dizer, deve ser espontânea. Ou seja, o indivíduo pode segui-la ou não – e aqui já entra o princípio da liberdade.

3) o conservador defende com unhas e dentes o direito à propriedade privada.

4) o conservador defende o livre mercado, o empreendedorismo, um estado o mais magro possível, a redução de impostos e cobra do governo menos gastos. Lembrando que com essas medidas Margaret Thatcher, de 1979 a 1990, tirou os britânicos da lama da recessão e levou Londres a ser um importante centro financeiro do mundo na época. Em síntese, o conservador precisa ser liberal na economia.

5) como já mencionado no final do tópico dois, o conservador defende as liberdades individuais em todos os campos, sem jamais abrir mão de expor seus pensamentos.

6) o conservador não adere ao coletivismo e esse ponto é interligado com os pontos cinco e  sete. Pensar em bando, andar em bando e agir em bando é característica de comunista.

7) o bom conservador não se torna refém intelectual de qualquer pensador, filósofo ou líder. O conservador sabe caminhar com pessoas tendo divergências ideológicas pontuais, desde que essas diferenças não se alinhem ao socialismo tradicional e às suas correntes da New Left, como a progressista, a social-democrata e os keyneisianos – todas derivadas das ideias mencheviques.

Para ajudar o leitor a compreender o que é ser um bom conservador, cito, agora, como prometido, sete frases proferidas pelo presidente responsável por um dos mais brilhantes governos da história americana, que são:

1) “Não espere que a solução venha do governo. O governo é o problema.”
2)“Governos tendem a não resolver os problemas, apenas reorganizá-los.”
3)”O poder concentrado sempre foi o inimigo da liberdade.”
4)“O homem pode ser livre à medida que o governo tenha limites; quando cresce o governo, diminui a liberdade.”
5)“Governo encontra sempre uma necessidade de qualquer dinheiro que recebe.”
6)“O homem não é livre, a menos que o governo seja limitado.”
7)“Você consegue realizar muito se você não se importa com quem ganha o crédito.”

Percebe, caro leitor, quão liberal foi o conservador Reagan?

A sétima frase de Reagan aqui exposta serve como espelho para refletir uma chaga atual brasileira: a vaidade que toma alguns “conservoreaças” que andam em bolhas coletivas. Vivem por mendigar reconhecimento intelectual, numa típica atitude de terceiro-mundistas órfãos da verdadeira grandeza de um conservador: a HUMILDADE. Lembrando que os notáveis na história não reivindicaram reconhecimento; até porque, sabemos, mendigar aplausos é coisa de intelectual cão vira-latas.

Nunca esquecendo: não há bom conservadorismo sem liberalismo!

Para findar:  evento “conservador” sustentado por verba pública mais parece, me desculpem, farra socialista que faz Marx se revirar em seu túmulo, no Cemitério de Highgate, em Londres.

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Ianker Zimmer

Ianker Zimmer

Ianker Zimmer é jornalista formado pela Universidade Feevale (RS) e pós-graduado em Ciências Humanas: Sociologia, História e Filosofia pela PUCRS. É autor de três livros, o último deles "A mente revolucionária: provocações a reacionários e revolucionários" (Almedina, 2023).

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