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O amor e o show incongruente e contraditório em Davos

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Seis da manhã, de pé. Na verdade, não sei se já despertei ou se estou sonhando acordado. Tomara que não.

O sonho não é nada bom, nada de amor. Ontem, assisti a parte do jogo do colorado, na Copinha, contra o Ituano. Derrota no final. Prematuro para sofrer de pesadelos com Suárez… Será que minha memória encarnada “mais fresquinha” está impactando nos meus pensamentos e devaneios? Veio à minha mente que já estava num país colorado.

De fato, reflexivamente, já tinha a convicção de que o Brasil, triste e inegavelmente, tinha abdicado da valorização do indivíduo em prol do contraproducente e populista coletivismo.

Adentrou-se a “era do amor”, e, embalado por esse nobre sentimento, passei a tentar exercitar meu amor ágape. Luzes celestiais iluminavam-me na direção do amor incondicional, um amor humano, que se doa e que se entrega.

Até comecei a surfar a onda da sinalização de virtude, proclamando, em meus textos, que eu faço o bem! Evidente que não basta ser, tem que parecer ser. Porém, admito, ainda não estou evoluído o bastante para tal tipo de amor.

No sonho, o ministro da Fazenda no Brasil era marxista. Na realidade objetiva tupiniquim, Fernando Haddad, confessadamente, é um grande admirador das teses de Karl Marx. Evidente que meu amor ágape pifaria. Ou seria chamado de lunático. Eu desejo o bem para todos os brasileiros, só alcançável com as liberdades individual e econômica, ou seja, com a intensa economia de mercado.

O coletivismo se suporta na eliminação das liberdades individuais em favor do abstrato coletivo e do devastador intervencionismo estatal.

Com o caneco branco repleto de café preto ao meu lado, fui buscar me nutrir do noticioso, a fim de me atualizar quanto aos fatos. Leio que Haddad e Marina Silva participam de um risível show na Suíça, o Fórum Econômico Mundial de Davos. Objetivam trazer investimentos estrangeiros para o país.

Com o ministro-marxista, e sua narrativa burlesca, incompetente e contraditória, será mais do que hercúlea sua tarefa. Haddad afirmou nesse show que o ex-presidente deixou um enorme desequilíbrio nas contas, provocando um grave problema fiscal no Brasil.

O ministro-marxista não só parte de premissas utópicas e errôneas, como igualmente mente e omite os fatos e os dados objetivos.

A abissal fábrica de incertezas rubra, a dos desastres anunciados, encobre que a propriedade do sinistro contexto – tá certo, eles abominam a propriedade privada – é, sem dúvidas, do novo velho governo rubro.

A PEC “fura-teto” permitiu despesas de R$ 170 bilhões acima do teto de gastos, a principal âncora fiscal do país.

Enquanto o economista-marxista está “pensando no povo”, a realidade do mercado de ações, o câmbio e, em especial, as expectativas para a taxa de juros no país foram dar uma voltinha, com difícil retorno, nos céus azulados.

O ministro-marxista, incompetente, por óbvio, omitiu o nefasto impacto fiscal dessa PEC nas contas públicas. Muito pior tem sido a repercussão das medidas vermelhas no grau de risco verde-amarelo e, consequentemente, na formação de expectativas e nos correspondentes investimentos no país.

Nada novo. As teorias marxistas sempre se apoiam em falácias, descrevendo somente situações que corroboram seus devaneios matadores.

O espetáculo de Davos foi apenas mais um momento para sepultar a realidade objetiva e, de maneira real, demonstrar as contradições e os erros de políticas econômicas praticadas por governos canhotos.

Afirmei que, nesta vida, ainda não me sinto pronto para praticar o amor ágape. No entanto, devo admitir que essa turma do amor, das relações não republicanas, da incompetência e do desastre comprovado, tem me feito, de alguma forma, evoluir.

Todos esses atos “bondosos”, mas imperfeitos e falsos, auxiliam-me a reforçar, por contraposição, meus valores e princípios morais, aquilo que é demasiadamente escasso na turma do amor e da incompetência explícita.

Senhor, impossível exercitar o amor ágape, perdão! Por favor, desculpas!

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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