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No dia internacional da mulher, parabéns a… Gleisi Hoffmann?

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gleisiHoje é o Dia Internacional da Mulher. Não costumo dar muita atenção a essa data, em virtude da origem socialista dessa comemoração (foi criada por uma feminista bolchevique radical em 1917 na Rússia e chancelada pela ONU algumas décadas depois). A data pode, no entanto, servir para lembrar que, durante a maior parte da história da humanidade, as mulheres não tiveram os mesmos direitos civis e políticos dos homens, e nesse caso a comemoração se torna relevante, de fato.

Mas nesse 8 de março em que o Brasil é governado por uma mulher, não uma mulher qualquer, mas uma mulher sapiens, há de se lamentar a eleição de uma outra mulher para um importante cargo público brasileiro.

Gleisi Hoffmann, senadora petista que teve suas campanhas abastecidas com dinheiro de empresas ligadas ao propinoduto da Petrobras, foi eleita hoje a nova Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que tem por objetivo fiscalizar ações do Governo e propor medidas para melhoria da economia brasileira, cujo resultado afeta tanto mulheres quanto homens.

Curioso sobre as visões econômicas da senadora, acessei uma entrevista dela ao portal do Senado, e o que eu ouvi foi absolutamente estarrecedor.

De acordo com a Senadora, a inflação vai arrefecer em 2016, ainda que não haja nenhum indicativo quanto a isso, e que ela ficará “praticamente no topo da meta”.

Afirma que o desequilíbrio fiscal ocorreu apenas em 2014, e não em 2015. Como escrevi em outra ocasião, o desequilíbrio de 2015 foi muito pior que o de 2014. Em 2015, tivemos um déficit primário de 119 bilhões de reais, para um déficit nominal de quase meio trilhão de reais (497 bilhões).

Ter um prejuízo de meio trilhão de reais é equilíbrio fiscal em que planeta? Somente no planeta PT.

A Senadora fala ainda em reformas que supostamente aliviaram mais as contas públicas, argumentando, por exemplo, o contingenciamento de 108 bilhões de reais em 2015.

Ufa! Ainda bem… poderíamos ter tido um déficit nominal de 605 bilhões de reais. Obrigado, PT.

Outras supostas medidas benéficas, como o projeto de lei que diminui cargos comissionados, nunca foram aprovadas, o que significa que são medidas para eleitores verem, e não soluções reais.

Gleisi fala ainda sobre a quitação das pedaladas fiscais, no montante de 70 bilhões de reais, com uso desses recursos para empréstimos por bancos públicos, bem como uso das reservas internacionais para alavancar as garantias para aumento do crédito para as famílias, o que certamente gerará mais inflação e mais maus investimentos.

O indicador que realmente melhorou, o da exportação, tem como fundamento a desvalorização cambial, onde esses produtos foram vendidos na taxa de 4 “dilmas” por cada dólar, sem aumento de produtividade ou do valor agregado por produto, levando o país a um real empobrecimento, já explicado em outro artigo.

Gleisi ainda afirma que o Governo fará uma reforma da previdência que não retirará direitos, mas na verdade é somente isso que fará, pois não se fala em uma real reforma estrutural com a mudança do sistema previdenciário de repartição por um de capitalização, o único realmente viável. E falou na CPMF como forma de sustento da saúde, previdência e de estados e municípios. Ignora, no entanto, que o aumento da carga tributária sufocou de tal forma a população brasileira em 2015 que, mesmo com mais tributos, a arrecadação tem caído em governos de todo o país.

ThatcherDecididamente, não é esse tipo de mulher na política que temos de reverenciar no dia de hoje. Afinal, pensamentos retrógrados e contraproducentes são democraticamente compartilhados por homens e mulheres, sem distinção de sexo.

É de mulheres como Margaret Thatcher que precisamos nos lembrar no dia de hoje.

Feliz dia internacional da mulher para todas as leitoras do IL!

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

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