fbpx

Não queremos uma Pátria Grande, queremos uma pátria livre

Print Friendly, PDF & Email

brasilbandeirapatria O Brasil acordou, mais uma vez, depois de uma longa letargia. O Brasil reavivou em si a ideia democrática e enfrentou com ousadia a covardia dos que se prestaram ao papel desprezível de corruptos, de estelionatários e de falsos profetas. O Brasil cansou do despreparo político e intelectual, da empáfia hipócrita de seus últimos líderes e se abriu para uma experiência nova na qual a juventude reitera, contra as pretensões dogmáticas de uma esquerda caduca, a boa política dos que acreditam na liberdade e nos valores nobres de um Estado democrático e legítimo.

Há, porém, muita nuance, muitas ideias, muitas mutilações desse saudável e jovial vento que sopra nas nossas terras. Há, sem dúvida, os que realmente acreditam na experiência democrática e na nobreza de valores e que lutam para construir as bases de uma economia sólida e ideologicamente neutra, mas há um lado mais taumaturgo que delibera a melhor forma de tirar proveito da intensa, nobre e legítima efervescência social.

Há um processo em andamento. A história pulsa e o Brasil atravessa a onda dinâmica e benfazeja das revoluções sensatas, aquelas que se erguem sob bandeiras dignas e cuja força advém de escolhas profundamente íntimas e enraizadas.  Naqueles que lutam por um país melhor há um “quê” de entusiasmo, enquanto naqueles que mergulham incertos no movimento há uma simples entrega, o que significa um perigo de automatização.

Não há o que dizer, de momento, que possa antecipar os rumos dessa situação, pois a história, ao contrário do que pretendia a máxima materialista, é fruto das escolhas humanas, é o resultado de tensões sociais promovidas por indivíduos. Por isso falo a indivíduos e não a agremiações. Falo aos jovens que lutam porque sabem que devem lutar e que caminham por uma espécie de impulso que manifesta a inteireza de uma personalidade que assumiu o seu papel.  Falo aqui como uma dessas pessoas que sonha com a concórdia e quer a união de seu país, mas quer, sobretudo, a união de indivíduos livres em torno de um ideal comum de mudança. Todos os ventos sopram a nosso favor e o rancor daqueles que olham a história pelo lado errado não deve tirar de nós a audácia e a jovialidade que têm nos mantido de pé.

Segue, abaixo, uma singela homenagem ao meu país desperto. Já antevendo as críticas, acrescento que o patriotismo é uma faca de dois gumes,  que serve a propósitos diversos, podendo ser interpretado de diversas maneiras. O patriotismo que ora nutrimos é uma resposta a algo perverso.  Mais perigoso que o amor exagerado ao próprio solo é o desejo insano de traí-lo em nome de uma ideia historicamente ultrapassada e tragicamente conduzida. Como dizem por aí, “a nossa bandeira jamais será vermelha”. Não queremos uma Pátria Grande, queremos a nossa pátria livre

Tu és pátria amada, tu és mãe gentil,
e clamaste ao povo, à voz do Brasil,
e o povo acode ao chamado sutil,
com vigor, lealdade e ardor juvenil

A pátria levanta em grito bravio
porque és pátria amada, Brasil, meu Brasil
Pendão da esperança, de luta e de paz,
de quem se doou aos teus ideais

Se hoje conclamas à luta febril
haverás de ouvir o murmúrio do rio
que diz em sussurro ao ouvido que escuta
que a terra olhou o fiel servidor
que aquele que a todos com honra serviu
haverá também hoje de amar o Brasil

O Brasil se liberta da praga vermelha
e ergue orgulhoso a sua bandeira

O barulho, o tambor, o rufar, os leões,
o ódio, o teor de mil batalhões,
não invade a seara de nossas conquistas
pois firmamos convictos a nossa postura
somos filhos honrados do solo gentil
e aqui só se clama por união civil

Aquele cujo ódio sobrepuja o ardor
deverá ser tomado por um desertor
pois que hoje no dia da luta guerreira
é verde e amarela a nossa bandeira

O horizonte transpassa, o norte conduz
a justiça calcada em paz e em luz,
somos filhos da terra gentil do Brasil
e unidos ficamos nesse nosso rincão,
pela pátria lutamos, mas em união

E assim caminhamos, de cabeça erguida
e assim avançamos, em paz como irmãos
somos todos filhos de um solo gentil
e assim lutaremos, em união civil.

Faça uma doação para o Instituto Liberal. Realize um PIX com o valor que desejar. Você poderá copiar a chave PIX ou escanear o QR Code abaixo:

Copie a chave PIX do IL:

28.014.876/0001-06

Escaneie o QR Code abaixo:

Catarina Rochamonte

Catarina Rochamonte

Catarina Rochamonte é Doutora em Filosofia, vice-presidente do Instituto Liberal do Nordeste e autora do livro "Um olhar liberal conservador sobre os dias atuais".

Um comentário em “Não queremos uma Pátria Grande, queremos uma pátria livre

  • Avatar
    17/04/2015 em 10:38 am
    Permalink

    Otimo, só falta acrescentar ao título: Não queremos uma pátria grande, queremos uma patria livre DOS PARTIDOS POLÍTICOS E TODOS OS SEUS INTEGRANTES.

Fechado para comentários.

Pular para o conteúdo