Mentir e mentir: uma compulsão comunista

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Na metade da década de 1990, ganhei uns trocados fazendo panfletagem para o sindicato dos trabalhadores da CSN, em Volta Redonda. Eu estudava arquitetura em Barra do Piraí e não perdia nenhuma oportunidade de ganhar uns trocados.

Sem qualquer ideologia na cabeça, passei algumas madrugadas na porta da siderúrgica entregando os panfletos nas trocas dos turnos. O detalhe é que esses panfletos eram, na verdade, impressões em formato e papel de jornal, diagramados de tal maneira que parecessem a capa do O Globo. Nas manchetes, todo tipo de mentira sobre a privatização da CSN e sobre Fernando Henrique Cardoso, então Presidente do Brasil.

Material como esse era muito comum desde o final da ditadura. Sindicatos forjavam capas de jornais conhecidos e escreviam o que bem queriam sobre seus adversários. Mentiras inescrupulosas, mas que circulavam com plena liberdade. Não me lembro de algum jornal ter processado um sindicato por isso. As versões anos 80 e 90 das fake news da esquerda também corriam sem qualquer questionamento da imprensa.

Hoje, o planeta inteiro está em pânico, à beira de um colapso econômico, por causa de mais uma mentira dos comunistas. Mentir e mentir é o que a esquerda faz o tempo inteiro, desde sempre, em todos os cantos do mundo.

Mentem para iludir os ignorantes e românticos. Mentem para encobrir seus crimes e destruir a reputação de adversários. Mentem para reescrever a história. Mentem e mentem sem qualquer pudor.

As primeiras grandes mentiras do socialismo começaram com Marx, que descreveu um cenário de exploração e uma luta de classes que nunca existiu. As pessoas não estavam sendo escravizadas nas fábricas. Elas estavam sendo salvas da fome que passavam nos campos. As pessoas são em sua grande maioria pacíficas e tolerantes umas com as outras, a despeito das diferenças de renda. Se a luta de classes tivesse algum fundamento, teria sido impossível o desenvolvimento da civilização humana.

Marx conhecia os fatos, mas preferiu mentir sobre eles.

É sempre bom olharmos para trás, para vermos que não há nada de novo na esquerda, que a mentira do ditador comunista foi só mais uma entre mil.

Na Rússia, os bolcheviques se uniram aos nacionalistas, aos democratas e aos liberais para derrubar o Czar sob a promessa de que instaurariam um regime conciliador. Assim que derrubaram a monarquia russa, a primeira coisa que fizeram foi caçar seus aliados e criar um regime muito mais tirânico que aquele recém-deposto.

Talvez a Segunda Guerra Mundial não tivesse acontecido se Stalin e Hitler não tivessem se unido na grande mentira do Pacto de Molotov.

Cismado de que ainda havia opositores, Stalin teve uma ideia diabolicamente genial: promover a liberdade intelectual! Por alguns meses, todos os cidadãos puderam se manifestar contra o regime. O que eles não sabiam é que a polícia política de Stalin estava usando este período de “liberdade intelectual” para identificar e categorizar os opositores. Então, de um dia para o outro, todos que acreditaram no ditador comunista foram presos, com uma parte sendo sumariamente fuzilada e a outra enviada para os gulags.

Em 1945, os Estados Unidos e a União Soviética assinaram um acordo de libertação e ocupação da península coreana, após a expulsão dos japoneses. Determinaram que os americanos marchariam a partir do sul até o paralelo 38 e os soviéticos marchariam a partir do norte até esse mesmo paralelo. Conforme previsto no acordo, em 1948 os soviéticos retiraram suas tropas da parte norte da Coreia, com os Estados Unidos fazendo o mesmo no ano seguinte. Em 1950, porém, Stalin rasgou o acordo que ele havia assinado com os americanos e financiou a invasão da parte sul da península coreana pelos comunistas da parte norte, dando início à guerra que teoricamente chegou até os nossos dias.

Nesse período, Mao tsé Tung promovia o “Grade Salto” que prometia levar os chineses a muitos e muitos anos de fartura. Porém, o ambiente de patrulhamento ideológico e de fidelidade partidária era tão extremo que os funcionários mais baixos do regime não se permitiam reportar aos seus superiores as verdades que pudessem colocar em dúvida o sucesso do projeto comunista. Então, os resultados das colheitas eram sistematicamente falsificados. A mentira subia degrau por degrau até Mao, que a repassava gloriosamente para o povo.

Dessa forma, as quedas sucessivas nas colheitas foram divulgadas como colheitas recordes, em contraste com a realidade de uma população esfomeada. Como bom comunista, Mao tentou encobrir uma mentira com outra: camponeses gananciosos estavam roubando comida do povo!

As mentiras sobre as colheitas chinesas duraram três anos, o bastante para matar dezenas de milhões de pessoas.

Fidel Castro rodou os Estados Unidos pedindo apoio para sua luta contra o regime de Batista, rechaçando firmemente todas as afirmações de que ele era comunista.

É comum escutarmos que “os americanos perderam a Guerra do Vietnam” ou mesmo que “levaram uma surra”, “foram humilhados” etc.

Aos fatos.

Em janeiro de 1973, o governo comunista do Vietnam do Norte assinou o Tratado de Paz de Paris, reconhecendo sua derrota para os americanos. Quando os americanos, cumprindo o acordo de paz, já haviam retirado cerca de 95% de suas tropas daquele país, os comunistas apoiados por Pequim e Moscou avançaram sobre o Vietnam do sul, forjando uma espetacular expulsão de soldados americanos, construindo, assim, uma das mais bem-sucedidas mentiras do comunismo.

Um ponto em comum de todos os relatos das atrocidades dos comunistas no Camboja é o uso da mentira para levar o povo pacificamente para os campos de trabalho forçado. Os agentes comunistas expressavam-se sempre de forma tranquila e cordial, dizendo tudo o que cada cidadão queria ouvir. Se um sujeito quisesse reencontrar os filhos, a ele era garantido que os filhos já estavam à espera dele em algum lugar. Dessa forma, os comunistas conseguiram deslocar populações inteiras das cidades para campos de trabalho forçado.

Em 1986, ocorreu o maior acidente nuclear da história, na cidade de Chernobyl, na então União Soviética. Foram liberadas na atmosfera do hemisfério norte nuvens radioativas equivalentes a 500 bombas de Hiroshima.

Os soviéticos tiveram imediatamente plena noção do ocorrido, mas preferiram tentar esconder uma tragédia dessa magnitude de todo o mundo. Procedimentos de evacuação e de cuidados com as vítimas foram postergados por vários dias. Mentiras e mais mentiras foram ditas, enquanto a desgraça se abatia sobre dezenas de milhares de pessoas.

Em Cuba e na Coréia do Norte, mente-se descaradamente sobre os níveis de saúde, de educação e de liberdade civil da população. Disfarçam a alta mortalidade infantil por meio de programas de aborto. Forjam manifestações de apoio aos seus ditadores. Culpam sistematicamente os Estados Unidos por seus problemas econômicos. Em Cuba, não se fala dengue ou cólera. Fala-se apenas “febre”.

Tentaram manipular até a morte de Fidel Castro. Levaram quase uma semana para divulgá-la. Os socialistas na Venezuela fizeram o mesmo com a morte de Hugo Chávez.

Por aqui, convivemos com as mentiras triviais da esquerda o tempo todo. Das mentiras contra adversários às revisões da história do Brasil. O genocídio dos índios. “O golpe começou em Washington”. Os guerrilheiros que lutavam por democracia. A sociedade brasileira oprimida pela ditadura militar. O ódio dos brancos contra os negros, dos homens contra as mulheres, dos héteros contra os gays, dos patrões contra os empregados… Socialismo e liberdade. Socialismo e progresso. Socialismo e tolerância. O golpe de 2016. Lula, perseguido político. Lula, condenado sem provas. Os Estados Unidos querendo roubar isso e aquilo. Jair Bolsonaro é um nazista eleito por dezenas de milhões de nazistas… E por aí vão, com toda naturalidade.

O próprio Lula se gaba, num famoso vídeo disponível no Youtube, do quanto usou a mentira para difamar o Brasil no exterior e se promover politicamente.

No último dia 13, quando todo o mundo já estava ciente das circunstâncias de propagação da epidemia e da responsabilidade do Partido Comunista da China nisso, o porta-voz da diplomacia daquela ditadura utilizou as redes sociais para dizer que o vírus teria sido implantado em Wuhan pelos Estados Unidos.

Isso demonstra muito bem que o uso da mentira iguala todos os militantes de esquerda num mesmo nível de cinismo. Do maconheiro eleitor do PSOL a membros da maior ditadura comunista do mundo, todos eles pensam da mesma forma, mentem com a mesma convicção.

Nunca se esqueçam: não existe militante de esquerda ignorante. Todos conhecem os fatos, mas optam pela mentira.

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João Cesar de Melo

João Cesar de Melo

É militante liberal/conservador com consciência libertária.

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