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Liberdade e redes sociais

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Desde o começo da nossa existência, nós, seres humanos, buscamos entender como funcionamos, o que nos motiva, move e influencia. Não é de hoje que estudos são feitos, na área da neurociência, com o foco em manipulação de pessoas para algum fim, seja ele de fazer amigos, curar traumas ou vendas.

Recentemente estreou um documentário na Netflix chamado “O Dilema das Redes Sociais”, no qual uma de suas maiores críticas é a influência negativa que a rede social tem na sociedade. Isso se fez por meio de argumentos e depoimentos, principalmente de ex-funcionários, explicando como uma rede social manipula pessoas para um determinado fim. Esse fim, na maioria das vezes, é fazer com que os usuários passem mais tempo na plataforma e consumam os produtos anunciados nela. Alguma surpresa?

Existe diferença entre manipular e influenciar pessoas? A influência é você exercer uma ação sobre outra pessoa. Portanto, nas redes sociais, essas palavras são sinônimas, tanto que chamamos de influencers aqueles que têm o poder de influenciar seus seguidores – seguidores estes que optaram livremente por seguir esse influencer na rede social e consumir seu conteúdo.

Assim como em uma loja tradicional de shopping, a rede social se utiliza de métodos, neste caso a inteligência artificial (IA) e machine learning, para aumentar o tempo do usuário na plataforma e o ticket. Não podemos demonizar as redes sociais por elas se utilizarem de práticas com a mesma finalidade que um comércio tradicional.

Muitos críticos esquecem que as pessoas não são obrigadas a ter uma rede social e que não há necessidade de proteger a pessoa de si mesma. Ninguém melhor para saber o que é melhor para ela do que ela mesma.

Criticar os algoritmos das redes sociais por criarem bolhas é criticar o que cada pessoa consome livremente. O algoritmo não obriga o usuário a fazer nada, são apenas indicações de conteúdo similar ao que já é consumido. Se o algoritmo sugerir conteúdo oposto à bolha e o usuário não consumir, o “problema” é do usuário e não do algoritmo.

As redes sociais são utilizadas e consumidas por pessoas que optam por isso. A partir do momento em que a rede social não estiver mais agradando o seu consumidor, ele sai da plataforma. Quem não se lembra do MySpace, Orkut e Google Plus? Por que as pessoas migraram ou não consumiram determinada plataforma?

Outro ponto levantado pelo documentário é a forma como o mercado está concentrado na mão de poucos e isso seria um problema. A primeira pergunta que os críticos deveriam fazer é o porquê de este mercado ser concentrado na mão de poucos. Afirmar que isso se deve pelo próprio mérito dessas plataformas é um elogio aos seus criadores. Reter clientes, aumentar ticket e aumentar recorrência, isso é um problema?

Por outro lado, se isso se deve a alguma política intervencionista, chama-se de monopólio ou oligopólio, garantido pelo poder público. Exemplos dessas políticas são leis que limitam ou impõem barreiras para a entrada de entes privados em mercados, garantindo, assim, que ninguém concorra em pé de igualdade com as grandes.

Todos somos influenciados. Todos somos influenciadores. Enquanto houver a liberdade de consumir o que quisermos, a sociedade irá prosperar.

*Vinicius Cadete é Associado III do Instituto Líderes do Amanhã.

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