O voto de Luiz Fux e a animosidade política no STF

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Divergindo de Alexandre de Moraes e Flávio Dino, o ministro do STF Luiz Fux votou pela condenação da cabeleireira Débora Rodrigues apenas pelo crime que, obviamente, foi o único que ela cometeu: a pichação da estátua.

Em vez de 14 anos e uma multa enorme, Fux quer que Débora seja condenada a um ano e seis meses – o que significaria que ela não precisaria mais ser presa, já que esteve em prisão preventiva por tempo maior do que esse (afinal, seu batom superpoderoso era extremamente ameaçador para a sociedade). Além disso, ela teria que pagar somente a limpeza da estátua.

Débora nem deveria estar sendo julgada pelo STF, mas o voto de Fux é um sopro de humanidade e senso de proporção naquela corte de togados tão alçados à divindade que já perderam o contato com a realidade de nossa espécie.

O que não pode deixar de nos causar estupefação é constatar que aqueles supostamente dotados de notável saber jurídico e reputação ilibada no campo jurídico, ocupando a posição suprema da hierarquia de nosso Poder Judiciário, sejam capazes de entendimentos tão díspares, quase como se vivessem em universos diferentes, acerca de caso tão evidente.

Se o próprio Fux reconheceu que o caso tem sido julgado “sob forte emoção”, resta claro o quanto a animosidade política os contaminou.

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Lucas Berlanza

Lucas Berlanza

Jornalista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), colunista e presidente do Instituto Liberal, conselheiro de diversas organizações liberais brasileiras, membro refundador da Sociedade Tocqueville, sócio honorário do Instituto Libercracia, fundador e ex-editor do site Boletim da Liberdade e autor, co-autor e/ou organizador de 11 livros.

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