O teatro político e judicial brasileiro

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O Brasil, neste exato momento, se encontra como um grande circo onde o que deveria ser uma rígida aplicação da lei e da justiça se transformou em um espetáculo grotesco. O palco está armado, e os atores, em sua maioria, não têm vergonha de esconder sua verdadeira agenda. Um cenário no qual aqueles que deveriam ser os guardiões da Constituição e da democracia transformaram-se em palhaços políticos, personagens de um teatro dantesco e desonesto, manipulando as cordas do poder, demonstrado dissimuladamente por um sorriso amarelo.

O teatro da justiça brasileira, por mais que alguns insistam em chamar de “democracia”, não passa de uma farsa de proporções épicas. A cada dia, uma nova peça é encenada, e, como espectadores de um enredo previsível, os brasileiros – e o mundo – assistem a um roteiro que, embora pareça real, é uma ficção criada por aqueles que controlam as rédeas do poder. As acusações contra opositores, como o ex-presidente Bolsonaro, por exemplo, avançam com uma velocidade assustadora, sem que se apresentem provas concretas. O processo se torna mais uma peça cômica, uma coreografia em que a verdade é manipulada para atender aos interesses de um governo que não se cansa de usar a “justiça” como sua arma de poder.

Se, por um lado, a situação beira o absurdo, por outro, ela revela uma ironia cada vez mais trágica. Quando os que se opõem ao desgoverno petista são perseguidos, investigados e até presos com base em acusações vazias, o Brasil se vê à deriva, navegando por águas turvas onde a “lei” não passa de um instrumento de controle político usado para esmagar a oposição e silenciar vozes dissonantes.

Esse espetáculo grotesco vai além das comédias de nosso sistema judiciário. Ele ecoa com um paradoxo que não pode ser ignorado. No palco da política e da justiça, quem realmente defende a democracia não é a maioria, mas os poucos que, com coragem, se recusam a ser parte dessa farsa. A peça, no entanto, parece não ter fim e, em seu desfecho, nos revela que, talvez, o verdadeiro circo seja a própria república, em que os tupiniquins são forçados a assistir a uma triste e interminável encenação.

Na história, a hipocrisia de certos regimes, com suas distorções da verdade e manipulação da opinião pública, não é novidade. O teatro político se desenrolou em várias partes do mundo, onde as democracias foram corrompidas por líderes sedentos de poder. A alegoria de Shakespeare sobre o “teatro do mundo”, em que todos são meros atores, parece ter sido reescrita no Brasil contemporâneo, mas com um novo capítulo: os palcos são políticos – alguns disfarçados de Corte com políticos trajando toga preta – e a verdadeira farsa está na forma como a justiça é conduzida.

O que esperar diante dessa tragédia? A sociedade brasileira, que já está exausta de ser espectadora dessa peça insustentável, precisa urgentemente fazer algo. A verdadeira revolução não está nas ruas, mas no resgaste da coragem institucional, na luta pela independência do Judiciário e na restauração da justiça de verdade.

A esperança não está em um simples retorno ao “normal”, mas em uma reinvenção do sistema, onde as instituições realmente sirvam ao povo e não aos interesses de um grupo político específico. Talvez seja hora de os verdadeiros heróis dessa história tomarem o palco! Aqueles que têm a coragem de questionar, de se rebelar contra essa farsa e de devolver ao Brasil o que é seu por direito: a democracia, a verdade e a justiça. No final, uma coisa é certa: a cortina vai cair, e os que permanecerem em pé diante da verdade serão os verdadeiros vencedores deste espetáculo.

Não se pode esquecer que o Brasil, um dia, foi um grande palco de esperanças. Notadamente, o país do futuro. Infelizmente, futuro esse que nunca chega! Seu enorme potencial é, via de regra, inviabilizado por uma “deselite” verde-amarela, sempre pronta a colocar seu projeto de poder e interesses particulares e espúrios em detrimento dos interesses e necessidades dos cidadãos comuns da terra de Macunaíma.

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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