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Os efeitos do liberalismo no Brasil

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Sempre válido lembrar a uma turma que prega desde ao menos a República Velha que o liberalismo é uma ideia alienígena e incapaz de gerar qualquer efeito no Brasil:

“O liberalismo construiu a narrativa e as instituições do Brasil como nação independente, ainda que ao redor da Coroa e tendo que conduzir a reboque a mácula atravancadora da escravidão. O liberalismo cultivou e alimentou um ambiente de desenvolvimento de uma opinião pública.

O liberalismo garantiu que, mesmo sob a égide do Positivismo e do autoritarismo militarista, a República não fosse, não em todos os seus aspectos, um completo retrocesso tiranizante, ao promover reformas como a liberalização da abertura de sociedades anônimas e o acolhimento da separação entre Igreja e Estado.

O liberalismo lutou pela reconstitucionalização do país após a Revolução de 1930 e lutou para destronar a ditadura de Getúlio Vargas, afinal deposta após os brasileiros contribuírem com a luta pela liberdade na Segunda Guerra Mundial.

O liberalismo lutou contra a persistência subsequente do varguismo, o comunismo e outras correntes políticas populistas e autoritárias que prevaleceram, conseguindo provavelmente evitar algumas possibilidades de ditaduras ao longo dos anos entre 1946 e 1964. Infelizmente, enfraquecido pelo regime militar posterior, o liberalismo conseguiu construir, entretanto, um legado que teve um papel importante para que o referido regime não se convertesse em uma ditadura personalista e desavergonhada, estimulando-o a se cercar de uma serie de atenuantes e “disfarces”, como a manutenção de uma alternância presidencial e a presença de um sistema parlamentar bipartidário, ainda que constrangido.

A Nova República que o sucedeu foi marcada pela prevalência social-democrata, mas evidentemente há cláusulas pétreas liberais na Constituição de 1988, bem como os liberais obtiveram conquistas ao participar da construção de importantes iniciativas para a estabilização econômica, como o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal.” (O Papel do Estado Segundo os Diversos Liberalismos, p. 375, capítulo “Breves considerações em defesa do liberalismo brasileiro”)

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Lucas Berlanza

Lucas Berlanza

Jornalista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), colunista e presidente do Instituto Liberal, membro refundador da Sociedade Tocqueville, sócio honorário do Instituto Libercracia, fundador e ex-editor do site Boletim da Liberdade e autor, co-autor e/ou organizador de 10 livros.

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