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História, geopolítica, Israel e o Hamas

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Se Hitler não tivesse traído Stalin e invadido a Rússia, a II Guerra Mundial teria outro desfecho e o mundo pós-guerra não seria o que acabou sendo. Imaginem se os russos, em vez de ajudarem a derrotar os fascistas, aí incluindo os nazistas, estivessem aliados a eles. Se os aliados, liderados pela Inglaterra e Estados Unidos, tivessem ganhado a guerra bélica mesmo assim, derrotando a Alemanha, Japão, Itália e a Rússia, talvez não perdêssemos a guerra cultural. O comunismo, o fascismo e o nazismo teriam o mesmo fim, seriam varridos do mapa político e banidos das estruturas que forjam as mentes dos povos, a academia, as artes e a mídia.

A guerra contra o nazismo alemão e o fascismo italiano e japonês foi implacável. Ainda que o esforço de guerra empreendido pelos aliados para vencê-los tenha feito com que os governos adotassem políticas intervencionistas no campo doméstico, como o planejamento central e a transformação de empresas privadas em sociedades de economia mista focadas na produção de armamentos e o que mais fosse preciso para derrotar os inimigos, o mundo passou a ter mais liberdade, principalmente na Alemanha, no Japão e na Itália, assim como nos países que haviam sido conquistados pelas potências do Eixo do Mal.

A vitória dos Aliados foi implacável, as rendições foram incondicionais e toda a estrutura de poder nos países derrotados foi redesenhada para salvaguardar os povos vencidos do autoritarismo dos seus governos, o que incluiu o julgamento e condenação dos líderes, o desarmamento da sociedade e a implantação de instituições que garantissem o surgimento de economias de mercado com a descentralização do poder político. Com o Japão e a Alemanha, não houve condescendência, porque ambos lutaram e resistiram até o fim, o que não foi o caso da Itália que mudou de lado pouco antes do término das batalhas.

A Rússia perderia a hegemonia na região; a União Soviética teria passado, de forma ainda mais traumática, pelo colapso de suas alianças internas, como foi reconhecido em 1991 pela declaração 142-Н do Soviete Supremo, sendo então a ela também imposto o que foi feito com a Alemanha e o Japão, o julgamento e condenação dos líderes comunistas, uma nova constituição e a libertação dos povos acostumados à escravidão que costuma ocorrer onde ideologias socialistas são colocadas em prática. Se, por outro lado, o Eixo do Mal tivesse vencido, certamente eu não estaria aqui para imaginar esta estória.

Mediante o fato de os países livres terem vencido o conflito mundial com a ajuda dos soviéticos, podemos dizer que vencemos nos campos de batalha a guerra bélica, mas não a batalha das ideias que levou à guerra fria e à subversão dos princípios, valores e ideais que moveram os aliados a combaterem o autoritarismo fascista, enquanto fazia vistas grossas ao avanço das ideias comunistas nas escolas, no cinema, no teatro, na literatura, nos jornais, rádio e televisão.

Ganhamos a batalha no flanco corporal, do mata-mata, mas deixamos vulneráveis nossas almas às ideias do coletivismo estatista altruísta, que também podemos encontrar nas religiões. Vencer uma batalha, outra e mais outra não significa vencer a guerra. Enquanto há inimigos à espreita, a guerra não termina. É o que vemos mais uma vez em Israel. Se o governo israelense não impuser aos terroristas do Hamas uma derrota como os Aliados impuseram ao Japão e à Alemanha, israelenses inocentes continuarão sendo mortos por foguetes ou por incursões terroristas que apunhalam, atropelam ou sequestram israelenses na sua terra.

Israel sobreviveu ao vencer 14 guerras com os árabes, 5 delas exclusivamente contra o Hamas. A convivência entre árabes e judeus é possível, como podemos ver no próprio território israelense e, mais recentemente, com os Acordos de Abraão. Isso foi alcançado graças a instituições sólidas como as que criaram o Estado de Israel e às ações diplomáticas bem sucedidas entre Israel e países árabes que superaram barreiras psicoepistemológicas e decidiram cooperar para prosperar. No entanto, nem sempre disputas irracionais são vencidas pela força das boas ideias, da argumentação, do convencimento, ainda mais quando um dos lados não se importa de matar inocentes entre a sua própria população por uma causa tribal que sacrifica o próprio povo, que serve apenas de pretexto para iniciar ataques inaceitáveis.

Quando se está lutando pela própria vida, a proporcionalidade de uma resposta contra o inimigo é a vitória completa até que os agressores sejam derrotados, seus líderes julgados e condenados, e o território seja varrido das ideias nefastas que fazem com que o conflito se perpetue. A Palestina, Gaza, não é o Hamas. O melhor bem que Israel pode fazer para os palestinos de Gaza é varrer o Hamas do mapa. E para o mundo, limpar o Irã dos fascistas teocratas que financiam essa gente.

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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