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A Escola de Chicago de Economia

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A Escola de Chicago de Economia é uma escola de pensamento econômico geralmente associada ao laissez-faire. A mesma leva “Chicago” no nome, pois, desde a década de 1950, seus principais teóricos já foram e alguns ainda são professores da Universidade de Chicago.

Aqui é importante fazer um adendo: embora a referida escola tenha entre seus principais nomes pessoas ligadas à Universidade de Chicago, nem todos os economistas desta universidade necessariamente pertencem à Escola de Chicago e nem todos os economistas desta escola de pensamento dão aula na Universidade de Chicago, visto que o termo se refere a uma corrente de pensamento econômico e não a uma instituição física¹.

Ao longo das últimas décadas, diversos economistas — inclusive vencedores do Nobel de Ciências Econômicas — foram considerados membros da referida escola, podendo-se citar como exemplos: Frank Knight, Milton Friedman (Nobel de 1976), George Stigler (Nobel de 1982), Gary Becker (Nobel de 1992), Robert Lucas (Nobel de 1995), Thomas Sowell, entre outros diversos nomes.

Embora existam discordâncias em alguns pontos entre os membros desta escola, algumas ideias que estão próximas de um consenso² são: a defesa de um sistema de preços relativamente livre, a defesa do livre-comércio internacional, a preocupação com as evidências e também a ideia de que a inflação no longo prazo é sempre e em todo lugar um fenômeno monetário (FRIEDMAN e FRIEDMAN, 2020).

Os economistas da referida escola têm uma rivalidade antiga com os economistas keynesianos. Essa rivalidade teve seu pico nas décadas de 1950 e 1960, quando os keynesianos eram maioria dentro da academia e os economistas de Chicago — liderados por Friedman — eram uma minoria influente que realizava um contraponto a algumas ideias em voga no campo da Macroeconomia (BLANCHARD, 2007).

Algumas ideias da Escola de Chicago embasaram, na década de 1980, algumas medidas econômicas adotadas por diversos governos, como, por exemplo, o governo de Margaret Thatcher na Inglaterra e o de Ronald Reagan nos Estados Unidos da América. Entre as medidas adotadas por vários governos inspiradas em ideias de economistas de Chicago, temos a privatização de empresas estatais, cortes de impostos, abertura comercial e uma inflação “suave”.

A Escola de Chicago não é a única escola de pensamento econômico geralmente associada ao laissez-faire. Outra escola que geralmente ligam a essa pauta é a Escola Austríaca de Economia.

NOTAS

¹Situação análoga aos economistas da Escola Austríaca, que, hoje em dia, são chamados de austríacos devido às suas ideias e não devido à sua nacionalidade.

²É possível encontrar exceções dentro da referida escola.

REFERÊNCIAS

ALL prizes in economic sciences. NobelPrize.org, 2023. Disponível em:

<https://www.nobelprize.org/prizes/lists/all-prizes-in-economic-sciences/>. Acesso em: 03 de abril. de 2023.

BLANCHARD, O. Macroeconomia. Tradução de Cláudia Martins e Mônica Rosemberg. 4. ed. São Paulo: Prentice-Hall, 2007.

FRIEDMAN, M e FRIEDMAN, R. Livre para Escolher: Um depoimento pessoal. Tradução de Ligia Filgueiras. 9. ed. Rio de Janeiro: Record, 2020.

*Gabriel Braga é Bacharel em Administração de Empresas e fundador da iniciativa Economia para Iniciantes.

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