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A guerra dos currículos

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NCPA*

quadro_branco_interativo_em_CeBIT_2007Está se travando uma verdadeira guerra de currículos escolares nos EUA.

Uma tendência é a opção para a área técnica; outra, para o currículo fundamental comum (“núcleo comum”).

Enquanto se adota esta ou aquela tendência, o desenvolvimento dos jovens estudantes estará sendo determinado pelo que os burocratas – com base ou não na indicação de especialistas – consideram melhor para … os filhos dos outros.

School choice, ou a escolha da escola pelos pais, parece ser a melhor política para aqueles que não têm outra saída a não ser pôr os filhos em escolas públicas. A escolha, a preferência, a responsabilidade ficam por conta dos pais que verão ou não o sucesso de seus filhos.

A guerra dos currículos nos EUA, para alunos desde o Jardim de Infância até o Ensino Médio, é vista assim por Tom Loveless, membro da Força Tarefa para Educação K-12 **:

Os tradicionalistas e os progressistas continuam a batalha sobre o currículo certo para os estudantes americanos. Duas grandes questões existem hoje no campo do currículo: novas tecnologias e o Núcleo Comum.

  • Muitos veem a tecnologia como uma oportunidade para modificar estilos de ensino além de apresentar a matéria aos alunos de forma que determinados alunos possam melhor entender.
  • No entanto, a preocupação é que essas tecnologias acabarão por afetar não apenas como algo é aprendido, mas o que é aprendido.
  • Se os interesses individuais e as habilidades cognitivas pré-existentes determinam o que é aprendido e quando se aprende (ou seja, “cada aluno aprende no seu próprio ritmo”), características demográficas que estão correlacionadas com os interesses pessoais e as habilidades cognitivas irão espelhar até onde os alunos acompanharão o currículo.
  • As defasagens na aprendizagem com base em características socioeconômicas certamente vão se ampliar e solidificar.

O Núcleo Comum, por outro lado, diz respeito a um conjunto de normas que atraem todos os alunos. No entanto, os tradicionalistas tendem a se opor ao Núcleo Comum, por apresentar elementos ambíguos:

  • O Núcleo Comum enfatiza o processo e a prática, não o conteúdo.
  • O Núcleo Comum propõe que os professores equilibrem os exercícios de leitura de não ficção com os de leitura de ficção. A proposição de textos controversos por parte dos professores vai ser provavelmente justificada no futuro com base nisso.
  • Se o Núcleo Comum é entendido como a exigência de que todos os alunos tenham os mesmos cursos, vai haver polêmica, especialmente na área de rastreamento do nível de aprendizagem em matemática a partir do ensino médio.

A política do currículo promete esquentar novamente, como aconteceu na década de 1990. O público precisa de mais informações – pesquisa sobre a eficácia dos vários currículos, pesquisas sobre o impacto do Núcleo Comum, detalhes sobre a relação entre currículo e instrução, e as evidências sobre aprendizagem e tecnologia – para poder avaliar o que está em debate.

* NATIONAL CENTER FOR POLICY ANALYSIS

Artigo na íntegra: Tom Loveless, “The Curriculum Wars,” Hoover Institution, March 20, 2014.

** A Hoover Institution publicou um resumo do que Tom Loveless, membro da Força Tarefa para Educação do Jardim ao Ensino Médio, apresentou em seu livro What Lies Ahead for America’s Children and Their Schools.

Tradução/adaptação LIGIA FILGUEIRAS

Fonte da imagem: Wikipedia

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Ligia Filgueiras

Ligia Filgueiras

Jornalista, Bacharel em Publicidade e Propaganda (UFRJ). Colaboradora do IL desde 1991, atuando em fundraising, marketing, edição de newsletters, do primeiro site e primeiros blogs do IL. Tradutora do IL.

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