Governo e mercado
O contrato assinado nesses últimos dias entre o Governo e a Petrobras tem todas as características indesejadas pelos mercados de capitais. O contrato em referência não foi sequer avaliado pelo Conselho de Administração da petroleira, caracterizando muito mais o desejo do sócio majoritário (o Estado) que os interesses da própria empresa.
O uso de estatais de capital aberto em benefício do próprio governo é, antes de ser ilegal, ilegítimo. O uso das estatais para resolver problemas emergenciais de caixa de um governo gastador passa muito próximo à ilegalidade. Fosse outro o majoritário, o mercado, com toda razão, contestaria junto às autoridades competentes (?).
O Governo, que já vem dando provas de rejeição às soluções de mercado (vide energia elétrica), não pode se dar o direito de afrontar direitos legítimos de sócios minoritários e princípios democráticos, característicos do mercado de capitais. Deveria, sim, preocupar-se em cumprir, através das estatais, os interesses do mercado de capitais, irritantemente pequeno. O não cumprimento dos rituais de mercado compromete a credibilidade do governo petista.
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