fbpx

Governo e empresa: diferentes, com muitas semelhanças

Print Friendly, PDF & Email

Gerenciar no setor público, sem dúvida, é distinto de gerenciar no setor privado, em que, na grande maioria das situações, existe competição entre organizações. No entanto, a mentalidade e a atitude de alocar adequadamente os recursos, tomar decisões eficazes, que criem maior valor para todos os indivíduos, e utilizar os recursos de forma eficiente, pensando no curto e no longo prazo, são questões indiferentes na esfera pública e privada.

Penso que líderes que fazem a diferença são aqueles prudentes ao administrar os temas-chave de curto prazo, dos quais depende a sobrevivência sadia de um país ou de uma empresa, mas, ao mesmo tempo, são ousados na geração de inovações de valor que melhoram a vida das pessoas e dos consumidores e, por via de consequência, da sociedade.
Evidente que, na vida pública, políticos irresponsáveis focam no curto prazo, adotam políticas populistas e eleitoreiras, que comprometem o futuro da nação. Eles estão preocupados com o voto na próxima eleição.

Embora esse impacto no setor público seja robusto, ele não é exclusivo, já que CEOs podem priorizar projetos de curto prazo – menos rentáveis – em detrimento de maiores resultados futuros – em função de ganhos financeiros próprios, tais como o atingimento de metas.

Inexiste governo perfeito, contudo, o que ai está sobreviveu à pandemia da Covid-19 – e à guerra -, em que, de forma rápida e eficiente, arregimentou o auxílio emergencial para os brasileiros, porém, sempre frisando o compromisso e a importância do teto de gastos e a respectiva disciplina fiscal para a saúde futura do país.

A prudência com as boas ideias que sobrevivem ao teste dos tempos não existe no espectro político “progressista”, desejando unicamente ousar na formatação e na oferta de programas sociais para as pessoas, independentemente de sua eficácia, como é o caso do aumento do número de vagas nas universidades, muito embora o ensino seja de péssima qualidade.

Ousar significa implementar reformas estruturantes, tirando o centro de burocratas estatais e passando o foco para os criadores de riqueza, pessoas e empresas. Representa reduzir impostos, privatizar, desburocratizar e melhorar o ambiente de negócios, tal como no projeto de liberdade econômica; é essencial realizar a reforma tributária e administrativa. Por sua vez, não é novidade que o lado progressista queira o aumento do Estado – que deve diminuir pelos processos de digitalização – e o aumento de impostos para financiar “projetos e projetos” sociais.

A crise da Covid-19, expôs duas características fundamentais para as empresas que desejam alcançar uma lucratividade sustentável capacidade de execução e velocidade. Via de regra, somente com pessoas experientes e/ou técnicos é possível centrar nos melhores projetos técnicos de maneira célere.

No que diz respeito à capacidade de execução, a corrupção foi gigantesca nos governos rubros, porém, foi o governo atual que fez um trabalho eficiente na conclusão de obras de infraestrutura que foram anunciadas e/ou iniciadas com os PACs – Programas de Aceleração do Crescimento. O candidato Lula afirma que o seu governo foi “o melhor do Brasil”, mas o conjunto da obra nos mais de quatorze anos dos governos petistas comprova a péssima qualidade da gestão e execução dos “progressistas”.

É interessante notar que os sistemas de informações empresariais – e também governamentais – precisam ser diversificados e inclusivos, a fim de coletarem vários tipos de insights. Pois a turma progressista parece ainda apostar em sistemas avessos a perspectivas contrárias às suas teses, e o mesmo aparenta estar ocorrendo com relação aos institutos de pesquisas, que têm captado simplesmente “um lado dos sujeitos”. Como podem empresas que abertamente atacam o presidente atual realizarem pesquisas “isentas”?

Nas empresas, os indivíduos querem maior participação e inclusão. Na vida social, as pessoas similarmente desejam ser respeitadas e incluídas, porém, não por suas fisionomias e/ou estereótipos, mas por suas contribuições e competências. Coesão e cultura são vitais em uma nação e/ou numa empresa. A forma como a turma “progressista” tem conduzido a conversa sobre raça e gênero tem dividido as pessoas.

As verdadeiras boas práticas empresariais demonstram que, para se incluir “um lado”, não se pode discriminar um “outro lado”. Em tempos de crise, em especial, reais e bons líderes necessitam de coragem para fazerem escolhas estratégicas ousadas, mas igualmente sensatas.

Faça uma doação para o Instituto Liberal. Realize um PIX com o valor que desejar. Você poderá copiar a chave PIX ou escanear o QR Code abaixo:

Copie a chave PIX do IL:

28.014.876/0001-06

Escaneie o QR Code abaixo:

Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

Pular para o conteúdo