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Esquerda: novos tempos para o fim dos tempos

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O fim do mundo está próximo! O fim do capitalismo… o fim da história mundial; que se apaguem o racismo e a opressão! Ainda mais agora com o exterminador coronavírus!

Não, não se preocupe. Apesar das previsões alarmantes dos engenheiros sociais e dos apologistas da destruição, nada disso irá ocorrer, felizmente – e acho que muito embora muitos estejam prevendo um “novo” normal completamente distinto, não imagino que a situação futura, pragmaticamente, seja tão “a-normal” e diferente da que presenciamos na nossa realidade objetiva.

Bem, embora a economia de mercado ou o (im)popular capitalismo não seja perfeito, ainda não foi inventado nenhum outro sistema econômico capaz de retirar factualmente bilhões de pessoas da miséria e da pobreza. Desde os anos 90, mais de um bilhão de pessoas saíram da extrema pobreza, reverberando, inclusive, com maior intensidade nos países pobres e de renda-média baixa (especialmente como resultado da internacionalização dos mercados).

Ainda que intelectuais, professores e abutres políticos interessados se estejam aproveitando de crises de todas as ordens a fim de proclamar as virtudes do comunismo quimérico e devastador, algo que passa longe de ser um sistema econômico, na medida em que é, de fato, a utopia de se trazer o paraíso para a terra e, portanto, um dogma transformado em religião de fé, os supostos beneficiários do mecanismo coletivista centralizado, normalmente administrado e manipulado pelo clube privê de autoritários que gozam das benesses do sistema capitalista que retoricamente dizem abominar, a massa trabalhadora “oprimida”, não caiu na cilada ilusionista e ainda não alcançou sua consciência de classe, objetivamente porque melhorou o seu padrão de vida, de consumo e posse de certos tipos de bens e serviços, de acesso à saúde e suas condições de trabalho e de renda.

O capitalismo não é esse engodo ilusionista perpetrado por acadêmicos e/ou por políticos populistas e interesseiros. É o sistema econômico que estimula e utiliza a capacidade empreendedora e criativa distintiva dos seres humanos em descobrir novas e melhores soluções para a vida em sociedade, econômica e social. Por meio do livre sistema de preços, estabelecem-se relações colaborativas e voluntárias entre as pessoas, alocando os recursos da forma mais eficiente possível. Ao contrário dos regimes socialistas, troca-se a coerção e o autoritarismo pelas liberdades individual e econômica.

Hoje se sabe que a probabilidade de um determinado evento ocorrer depende de que uma série de processos aleatórios aconteçam. Como afirmou o economista Armen Alchian, o êxito – ou o fracasso – de uma iniciativa é dependente de “circunstâncias fortuitas”.

O que as recentes crises têm demonstrado parecem ser ecos de sentimentos revisionistas que exalam ódio, rancor e ressentimentos de uma retrógrada visão intolerante que enxerga em tudo e em todos mecanismos de opressão, a fim de subjugarem a massa oprimida.

Embora seja inegável a existência do racismo, sobretudo em relação aos negros, não é com a politização do tema por parte desses apologistas da destruição que avançaremos. Uma das razões centrais para a política do ressentimento está no seio das universidades que continuam a explorar a inocência e o idealismo juvenil para propagar a desgastada e infértil agenda da opressão das minorias. O viés a partir de uma única lente vermelha emburrece e fortalece os sentimentos de ódio e de revolta desarrazoados.

Desnecessário aprofundar que é crucial impor um reviver no aprofundamento da história civilizacional e das temáticas duras, de forma ampla e imparcial, a fim de que os próprios jovens possam pensar por si só e formarem sua massa crítica. A vida humana é complexa. Felizmente, tem-se a história que faz-nos ver e considerar suas vítimas e, com o conhecimento e a razão, progredirmos de um contexto passado de autoritarismo e de desigualdades extremas para o valor das verdadeiras instituições políticas, sociais, econômicas, da necessidade de uma lei igual perante a todos, dos direitos e deveres humanos e da própria possibilidade de termos o direito de questionarmos pacificamente nossas autoridades e nossos pares.

Apesar da heurística da disponibilidade, não sejamos presas fáceis de políticos enviesados, dotados de uma inteligência superior, que dizem saber mais do que sabem ao prever as perspectivas da Covid-19, e absurdamente aplicando seus decretos “salvadores” – verdadeiramente autoritários – nessa fase de nova pandemia. É claro que verdadeiramente há muito mais estatísticas e projeções do que genuinamente ciência comprovada. Os mandos e desmandos do “cientificismo” da OMC atestam cabalmente minha afirmação.

O que se tem visto com a crise viral é a guerra maior de narrativas em função do vírus político! Pragmaticamente, vieses políticos transformam estimativas – longe de evidências fatuais regionalizadas -, contemplando notórios “pequenos erros” e escassez de contextualizações locais e ao cabo produzem enormes erros grosseiros nas mentes e nas mãos de populistas despreparados.

Evidente que eleitoreiramente é melhor prevenir do que remediar! No entanto, até o momento, não parecem estar claras tanto a ciência quanto a matemática que mede o número de infectados, o número de mortes genuíno pela covid-19, o número de recuperados e, muito menos ainda, o impacto da perda de empregos, da depressão econômica, das mortes por outras doenças, tais como câncer e demais infecções respiratórias, da perda das liberdades individual e econômica, entre outras. Uma pergunta que tenho sistematicamente feito: As vítimas do covid-19 valem mais do que as perdas pelas “vidas econômicas”?! Enfim…

Não, nem o capitalismo irá terminar em breve, tampouco o racismo irá alastrar-se, como também a covid-19 não exterminará a todos (embora pela mídia global aparente que falta pouco!).

O que deveria acabar – embora seja bastante pessimista quanto a essa efetividade – é a tacanha noção fatal da vetusta opressão da massa minoritária – quanto ódio, confusão e atraso!

Não se deixe levar pelos profetas da destruição. O coronavírus arrastará a economia global para uma recessão (acho que em partes para a depressão!) e, juntamente com os gritos politizados de falsos moralistas defensores do anti-racismo, haverá um natural aperfeiçoamento e ajuste dos tempos ao sistema econômico de mercado que, por natureza, se auto transforma.

Não, não haverá nem a “ambicionada revolução”, tampouco o final dos tempos. Aliás, como sempre, as soluções virão das intrínsecas e das espontâneas descobertas nos mercados – mas cuidado: eles não serão tão originais assim…

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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