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‘Enems’ americanos enfrentam oposição de gregos e troianos

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NCPA* / THE WALL STREET JOURNAL

Uma reação contra os testes padronizados está se espalhando pelos EUA

exame_escolar_EUADeu no Wall Street Journal: Legisladores em vários estados americanos estão procurando limitar a quantidade de exames educacionais padronizados.

Uma coalizão incomum entre ativistas do Tea Party e professores progressistas está se formando nos EUA em oposição a testes educacionais padronizados. A oposição do Tea Party aos testes é em grande parte dirigida à padronização, adotada por 45 estados, da Common Core State Standards Initiative, uma iniciativa educacional nos EUA que detalha o que os estudantes do segmento K-12 (estudantes desde o jardim-de-infância [kindergarten] até o 12º ano [ensino fundamental e ensino médio]) devem saber de inglês – língua e literatura inglesa – e matemática, ao final de cada ano. Já os educadores progressistas argumentam que os testes minam a criatividade.

Como os distritos escolares começam a dispensar e avaliar os professores com base em resultados dos exames, os sindicatos de professores estão começando a se opor à Common Core também.

Na atual legislatura, já foram propostos no país 179 projetos de lei relacionados com os exames no segmento K-12, mas os defensores dos exames alegam a necessidade dos testes para avaliarem o desempenho dos alunos e assegurarem a qualificação dos educadores.

  • Cinco grupos nacionais contrários aos exames acabam de lançar o movimento de oposição “Testing Resistance & Reform Spring: Less Testing, More Learning” para fornecer modelos para os protestos locais e lutar por mudanças na política educacional.
  • Os professores de duas escolas públicas de Chicago se recusaram, recentemente, a aplicar um exame estadual obrigatório, “assumindo uma posição contra os testes, contra o uso deles para fechar nossas escolas e mandar embora professores bons e experientes,” de acordo com Sarah Chambers, professora de educação especial em Chicago. A secretaria municipal de educação de Chicago alertou os professores de que iriam ser punidos e que seu diploma de ensino poderia ser revogado se os professores estimulassem os alunos a boicotar as provas. John Barker, responsável pela auditoria das escolas públicas de Chicago, disse que é importante a aplicação dos exames para que os pais vejam como está o desempenho de seus filhos numa escala nacional. Segundo ele, “A boa instrução é orientada pelos resultados dos exames”.
  • Os exames padronizados ganharam importância com o advento da lei No Child Left Behind, [Nenhuma criança fora da escola] de 2002 que determinou a avaliação em matemática e leitura do 3º ao 8º ano, bem como no ensino médio. As escolas que não conseguissem progredir com os exames de avaliação dos alunos poderiam sofrer várias sanções.
  • O governo Obama ofereceu 4,35 bilhões de dólares aos estados como parte do programa Race to the Top, um concurso criado pelo Departamento de Educação dos Estados Unidos, se os estados concordassem com certas mudanças em sua política educacional, incluindo a vinculação das avaliações dos professores com a pontuação dos alunos nos exames.

Dorie Nolt, porta-voz do Departamento de Educação, disse que, ao mesmo tempo em que achava que algumas escolas estavam, sem dúvida, aplicando muitos exames nos alunos, abrir mão totalmente dos exames padronizados só prejudica os alunos mais vulneráveis. “Um gabarito não é opcional”, disse ela. “Quando deixamos de considerar o progresso mensurável das crianças, é a mais vulnerável que acaba sendo prejudicada.”

* NATIONAL CENTER FOR POLICY ANALYSIS

Artigo na íntegra: Stephanie Banchero, “States Look to Curb Standardized Testing,” Wall Street Journal, February 28, 2014.

Tradução/adaptação LIGIA FILGUEIRAS

Fonte da imagem: Wikipedia

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Ligia Filgueiras

Ligia Filgueiras

Jornalista, Bacharel em Publicidade e Propaganda (UFRJ). Colaboradora do IL desde 1991, atuando em fundraising, marketing, edição de newsletters, do primeiro site e primeiros blogs do IL. Tradutora do IL.

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