Não existe capitalismo de compadrio!
O que existe é compadrio entre o governo e as corporações para acabar exatamente com aquilo que o capitalismo tem de melhor: igualdade perante a lei, livre iniciativa e respeito à propriedade privada.
No capitalismo, todo compadrio entre governo e corporações é combatido. Se as relações promíscuas entre o governo e seus compadres não forem combatidas, então os princípios e as regras vigentes naquele mercado não são as que caracterizam o sistema capitalista.
Quando os laços de compadrio entre o governo e as corporações são institucionalizados, o sistema em vigor naquela sociedade é o fascista.
Capitalismo de compadrio, capitalismo de laços ou capitalismo de quadrilhas são anti-conceitos utilizados para perverter e denegrir o termo capitalismo, dando a ideia de que essas práticas que caracterizam um regime fascista seriam uma decorrência do livre mercado e só encontradas onde há capitalismo.
Nada mais falacioso, difamador e injurioso.
Repito mais uma vez: meus amigos, se vocês gostam de usar nos seus textos esses anti-conceitos, criados por quem não acredita no capitalismo, substitua-os pelo seu verdadeiro nome: fascismo.
Além de escreverem menos, utilizarão um conceito adequado para identificar de forma apropriada o que vocês querem dizer.
O compadrio típico do fascismo, que se caracteriza por relações promíscuas entre o governo e as corporações, é a prova de que ali, naquele mercado, ou o capitalismo nunca existiu ou, exatamente por essa prática, recém deixou de existir.
Cabe aos defensores do livre mercado, antes de qualquer coisa, protegerem também a precisão dos termos linguísticos que pós-modernistas tentam, dissimuladamente, perverter com o uso de anti-conceitos no debate ideológico.
O objetivo desse pessoal é prejudicar a formação conceitual, base do pensamento racional que encaminha a sociedade para o processo civilizatório.
Todo anti-conceito é uma forma de fazer a Humanidade regredir na sua caminhada em direção ao desenvolvimento e a privacidade, para levá-la de volta aos tempos das cavernas.