Livre Mercado: conceitos básicos
Sociedades relacionam-se por meio das forças de trabalho e, por isso, as relações de trocas entre seus indivíduos sempre vão existir. Porém, o que, de fato, todos queremos é prosperar, obter sucesso diante daquilo que é produzido e, para tal, é necessário perpetuar a criação de ambientes favoráveis para que os encontros e trocas aconteçam e os desejos dos indivíduos sejam atendidos. E como fazer isso tudo acontecer? Como produzir de forma próspera, com entregas que garantam uma melhor qualidade de vida para quem produz e para quem consome?
De início, os envolvidos devem responder aos quatro questionamentos fundamentais: “O que?”;“quando?”; “em que quantidade?”; e “para quem produzir?”. Após responder, é necessário seguir para o que existe de mais complexo no processo de produção e comercialização, a compreensão do comportamento humano.
A economia de mercado, efeito de um longo processo evolutivo, é o resultado da investigação do comportamento humano, das relações entre as necessidades dos indivíduos e as soluções disponíveis para satisfazê-las. É um sistema fundamentado na mínima imposição governamental à economia, respeito à propriedade privada e que deve ser capaz de refletir a escassez ou abundância do que é produzido, para possibilitar o cálculo dos preços dos produtos por meio da análise de sua oferta e demanda.
Sendo o livre mercado um modo de agir, resultado da ação do homem sob a especialização e divisão do trabalho, não é permitido que exista qualquer tipo de coerção sobre o processo de produção. Sendo assim, é um direito humano produzir e negociar, escolher como e por quanto vender, sabendo-se que o único prejudicado por decisões equivocadas é o próprio produtor.
O empresário não só percebe o mercado; ele nota no bolso as consequências de suas decisões: o poder de negociação, que para muitos está na mesa do empresário, na verdade está nas mãos do consumidor, já que é este o maior beneficiado com as relações do livre mercado. Uma maior concorrência entre as empresas possibilita a aceleração das inovações tecnológicas e a redução dos preços dos produtos, ou seja, ganhos para o consumidor.
Se todos somos consumidores, inclusive quem produz, então todos ganhamos com o sistema de livre iniciativa, no qual o Estado deveria atuar apenas na proteção do ambiente favorável a essa tendência, à saúde, à propriedade privada e à vida de seus indivíduos. O constante progresso do livre mercado permitirá que uma “mão invisível” promova, a partir do interesse próprio de cada um, uma sociedade muito mais próspera e feliz.
Jéssica Andrade Prata – Associada II do Instituto Líderes do Amanhã.