Todos os países acabaram com a inflação ao pararem de expandir a moeda acima da taxa de crescimento da produção econômica.

No Brasil, o governo Itamar adotou essa medida com o Plano Real, que reduziu a despesa, privatizou empresas estatais e elevou os impostos, gerando superávit financeiro, inclusive retraindo a oferta de moeda.

A adoção da URV como mecanismo de transição e depois de uma nova moeda só existiu porque a equipe econômica keynesiana que planejou e implementou o plano achava que existia um fator psicológico que criava uma força inflacionária inercial que retroalimentava o processo de demanda e oferta de moeda.

Na realidade, a URV e a nova moeda eram placebos no tratamento da doença inflacionária cuja causa é o gasto do governo acima da sua arrecadação e cujo remédio é o exato oposto, gastar menos do que arrecada, sendo a arrecadação de um nível que não prejudica a expansão da produção de bens, produtos ou serviços.

No caso da Argentina, é desnecessário acabar com o peso. Basta privatizá-lo, tornando-o recibo de depósito de ouro em instituições bancárias, que concorreriam com outras moedas no mercado livre de câmbio. Ter ou não Banco Central é irrelevante. O importante é acabar com o curso legal forçado da moeda local e as restrições impostas aos particulares para transacionarem na moeda que escolherem.