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Aprendam, feministas: esse mundo é dos homens – e sempre será

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No último dia 08, o Washington Post publicou um dos artigos mais abjetos e repugnantes que eu já li.  Da lavra de uma feminista chamada Suzanna Walters, o artigo começa comparando todos os homens como a  Harvey Weinstein, aquele produtor de Hollywood que abusou de várias atrizes ao longo dos anos. Então, passa a culpar o gênero masculino por todas as eventuais desventuras das mulheres ao longo da história. Mas a cereja do bolo é o último parágrafo, uma mistura de ódio gratuito e estupidez intelectual, algo de fazer inveja ao mais parvo dos imbecis. Vejam:

“Então, homens, se vocês realmente estão conosco, e gostariam que não os odiássemos por todos os milênios de dor que vocês produziram e dos quais se beneficiaram, comecem com isto: Afastem-se para que possamos realmente ficar de pé sem sermos vencidas. Assumam o compromisso de votar apenas em mulheres feministas. … Não sejam mais responsáveis por nada. Afastem-se do poder. … E, por favor, saibam que suas lágrimas de crocodilo não serão mais apagadas por nós. Nós temos todo o direito de odiá-los. Vocês nos fizeram mal. Porque já passou da hora de jogar duro pelo Feminismo de Equipe. E vencer.”

O que mais chama a atenção, além da absurda ingenuidade de nos ameaçar com seu … ódio, é que a valentona demonstra total desconhecimento da História, e de como a moderna civilização humana, com tudo que produziu de bom para homens e mulheres, chegou até aqui. Aliás, esse tipo de discurso feminista, embora nem sempre tão repugnante como esse, é tão datado que a senhora Walters já havia sido refutada cinco anos antes de ter escrito essa porcaria, não por um homem, mas pela grande feminista (feminista raiz) de primeira hora, Camile Paglia, num artigo para a Time, de 2013, intitulado “Este mundo é dos homens, e sempre será” (apud Mark J. Perry).  Seguem trechos em tradução livre:

“Um rancor rabugento e mal-humorado contra os homens tem sido uma das características mais desagradáveis e injustas do feminismo de segunda e terceira ondas. As falhas, fracassos e fraquezas dos homens foram apreendidas e ampliadas em terríveis acusações. Professores e ideólogos em nossas principais universidades doutrinam universitários impressionáveis com descuidadas teorias desvinculadas dos fatos…

A missão adequada do feminismo sempre foi atacar e reconstruir as práticas sociais ossificadas que levaram a uma ampla discriminação contra as mulheres. Mas certamente foi – e é! – possível para um movimento de reformista conseguir isso sem estereótipos, sem menosprezar ou demonizar os homens.

A história deve ser vista com clareza e fiel aos fatos: tradições obstrutivas surgiram não do ódio dos homens ou da escravização das mulheres, mas da divisão natural do trabalho, que se desenvolveu durante milhares de anos e que beneficiou e protegeu as mulheres imensamente, permitindo, por exemplo, que permanecessem junto à lareira para cuidar de bebês e crianças indefesas [enquanto os machos arriscavam a vida e a saúde para obter o sustento].

Ao longo do século passado, foram os aparelhos que economizam trabalho (máquinas de lavar roupa, geladeira, máquina de costura, iluminação elétrica, alimentos congelados, pílula anticoncepcional, automóvel, forno de microondas, lava-louças, secadores de roupas, encanamento interno, condicionadores de ar, etc.), inventados pelos homens e difundidos pelo capitalismo, que libertaram as mulheres da árdua labuta diária.

De fato, os homens são absolutamente indispensáveis, embora isso pareça absurdo para a maioria das feministas, que parecem cegas para a infraestrutura que possibilita a sua própria vida profissional. São esmagadoramente os homens [e não mulheres ou feministas] que fazem o trabalho sujo e perigoso de construir estradas, despejar concreto, colocar tijolos, tetos de alcatrão, pendurar fios elétricos, escavar gás natural e linhas de esgoto, cortar e derrubar árvores e remover a terra para dar paisagem a conjuntos habitacionais. São os homens [e não as mulheres ou feministas] que erguem e soldam as gigantescas vigas de aço que enquadram nossos prédios de escritórios, e são os homens que fazem o trabalho de levantar e selar as finas janelas de vidro temperado dos arranha-céus de 50 andares.

Todos os dias, ao longo do rio Delaware, na Filadélfia, pode-se assistir à passagem de grandes petroleiros e navios de carga que chegam de todo o mundo. Esses imponentes colossos são carregados, dirigidos e descarregados pelos homens. A economia moderna, com sua vasta rede de produção e distribuição, é um épico masculino, na qual mulheres encontraram um papel produtivo – mas as mulheres não são suas autoras. Certamente, as mulheres modernas são fortes o suficiente agora para dar crédito onde o crédito é devido!”

A realidade não é opcional.  Aprendam, feministas!

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João Luiz Mauad

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

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