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A revolução dos voluntários: o Estado morreu de afogamento

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Para alguém dizer: “eu sou voluntário”, “eu vou ajudar”, “contem comigo”, antes, é preciso saber dizer “eu”. Voluntariado significa escolher, confiar em si, ter autoestima, encontrar coragem no seu ser. É falsa a ideia de que nesta tragédia afogou-se o “eu” para que o “nós” pudesse emergir.

Numa sociedade livre, que ama a vida e por isso ama a liberdade, é a cooperação espontânea, a escolha, que toma a frente da ação, não o dever. Vimos isso acontecer na prática. Interpretações diferentes dessa são visões metafísicas, racionalizações, de uma mentalidade equivocada.

Nenhum voluntário estava na linha de frente ou na retaguarda, porque fazia parte de uma tribo e obedecia a um líder. Não! Cada um dos que deram ou emprestaram bens, dinheiro, mantimentos, trabalho e tempo entregou uma parte do seu Eu, do seu ser, da sua vida, porque estavam livres para escolher.

“Nós” é o argumento do governo, dos tiranos, dos déspotas que querem que cada indivíduo obedeça a um comando, invariavelmente dado por eles. Quando o “nós” emerge e afoga o “Eu”, o caminho para o coletivismo estatista está aberto. Por sinal, “nós” sem o “Eu” é uma abstração flutuante, platônica, pronta para que surja um rei-filósofo para guiar a turba como escravos.

O Eu consciente, racional, que vê virtude no egoísmo, que se esforça pelo outro por autointeresse e não por autossacrifício, é aquele que forma parcerias, que coopera, que ajuda, que é ajudado, que troca, que forma um time, que recebe e estende uma mão, com um único propósito para o qual cada um é livre para aderir: o mútuo benefício, material, intelectual e espiritual.

Muitos ganharam de volta o que perderam, muitos adquiriram conhecimento, muitos conquistaram força de caráter, muitos aprenderam como resgatar pessoas num barco em que nunca haviam pisado, muitos formaram amizades, muitos encontraram amor vindo de onde menos esperavam. É assim, escolhendo livremente, que se cria valor. Só o Eu tem poder de escolher.

A tragédia do Rio Grande do Sul reside no fato de que, por muito tempo, deixamos que o Eu fosse afogado pelo “nós”. Chega! A revolução dos voluntários começa com uma revolução cultural, uma mudança radical de mentalidade, onde a escolha, a iniciativa individual, as decisões privadas, de livre e espontânea vontade, tenham primazia sobre o dever, a obediência, a servitude, a submissão ao grupo, principalmente ao estado.

O estado morreu de afogamento. Vida longa ao Eu.

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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