fbpx

Detroit poderá privatizar seu sistema de água

Print Friendly, PDF & Email

NCPA*

A cidade de Detroit, nos EUA, poderá privatizar o sistema de água, diz o Wall Street Journal.

Detroit_Night_Skyline

Com as finanças da cidade na falência, o Gestor de Emergência de Detroit, Kevyn Orr, está buscando propostas de empresas privadas para administrar seu sistema de água e esgoto. Orr disse que uma venda imediata do departamento de água é pouco provável e que ele prefere arrendar o sistema a uma autoridade privada.

  • O sistema de água de Detroit serve a 40 por cento do estado de Michigan.
  • Arrendar o sistema para uma empresa privada renderia 47 milhões de dólares anualmente para a cidade nas próximas quatro décadas.

O contrato de arrendamento de água e esgoto poderá ser um bom teste para a privatização, como querem em todo o país os defensores da privatização. Segundo eles, as cidades podem obter maior eficiência colocando estes sistemas nas mãos do setor privado.

  • Oitenta e cinco por cento de todos os serviços de água no país são públicos, não privados.
  • Em 1999, a cidade de Atlanta privatizou seu sistema, mas reverteu para a propriedade pública depois de receber reclamações de clientes, devido à redução de custos.
  • Atualmente, o Departamento de Água e Esgoto de Detroit tem US$ 1 bilhão em receita anual, bombeando mais de 2 bilhões de litros de água por dia para Detroit e comunidades em sete municípios.
  • Mas o sistema também tem US$ 6 bilhões em dívida, além de obrigações em pensões a pagar estimadas em 675 milhões de dólares, para aposentados atuais e futuros ao longo da próxima década.
  • A proposta exigiria que os operadores privados limitassem os aumentos da tarifa em 4 por cento, no máximo, nos primeiros 10 anos de operação.

A privatização do sistema de água não seria a primeira incursão de Detroit na terceirização de seus serviços. O Centro de Convenções da cidade é administrado por uma empresa de gestão privada e por uma autoridade paraestatal, e a gestão da iluminação pública de Detroit está prestes a ser transferida da administração municipal para uma outra gestão. No mês passado, a cidade privatizou a coleta de lixo para melhorar o serviço.

* NATIONAL CENTER FOR POLICY ANALYSIS

Artigo na íntegra: Matthew Dolan, “Detroit Seeks Proposals to Privatize Its Water System,” Wall Street Journal, March 25, 2014.

Tradução/adaptação LIGIA FILGUEIRAS

Fonte da imagem: Wikipedia

Faça uma doação para o Instituto Liberal. Realize um PIX com o valor que desejar. Você poderá copiar a chave PIX ou escanear o QR Code abaixo:

Copie a chave PIX do IL:

28.014.876/0001-06

Escaneie o QR Code abaixo:

Ligia Filgueiras

Ligia Filgueiras

Jornalista, Bacharel em Publicidade e Propaganda (UFRJ). Colaboradora do IL desde 1991, atuando em fundraising, marketing, edição de newsletters, do primeiro site e primeiros blogs do IL. Tradutora do IL.

2 comentários em “Detroit poderá privatizar seu sistema de água

  • Avatar
    03/04/2014 em 12:56 am
    Permalink

    Desculpem, mas isso não é privatizar. Isso é transferir o monopólio para um ente privado. Privatizar seria bom no sentido de permitir uma livre concorrência na distribuição de serviços de água e esgoto.

    • Avatar
      03/04/2014 em 3:31 pm
      Permalink

      Excerto de um artigo escrito pelo economista Leandro Roque:

      “Porém, ainda assim é possível haver uma privatização genuína (a venda completa de uma empresa estatal) e os serviços continuarem ruins. Foi o que aconteceu com as telecomunicações. O governo vendeu completamente sua empresa que atuava no setor — a Telebrás —, porém de modo algum saiu da área por completo (conhece a ANATEL?). É por isso que, em vez de defender privatização, o certo seria defender a desestatização, que significa a retirada completa do estado e de todas as suas regulamentações. Nada de agências reguladoras para cartelizar o mercado e proibir a concorrência.

      “É perfeitamente possível privatizar e piorar. Porém, é improvável desestatizar e não melhorar.”

      http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=637

Fechado para comentários.

Pular para o conteúdo