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Curso Pensadores da Liberdade

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Introdução

Esse curso é sobre os principais pensadores do liberalismo, pegando desde os clássicos até os contemporâneos, desde os mais libertários até os mais conservadores. Hoje em dia falar em nome do liberalismo virou moda, e muitos tentam usurpar para diferentes escolas de pensamento o termo. Mas o liberalismo, por mais elástico que seja, por mais abrangente, tem certos pilares básicos que não podem ser ignorados. Muitos que tentam vestir a jaqueta liberal são, no fundo, defensores de políticas diametralmente opostas àquelas do liberalismo tradicional.

Ideias têm consequências. Na verdade, citando o escritor Victor Hugo, diria que “não há nada mais forte do que uma ideia cuja hora é chegada”. Penso que a relevância das ideias nos acontecimentos da humanidade ainda não recebeu o devido peso por boa parcela da população. Os rumos que os fatos tomam dependem, em boa parte, das ideias que algumas pessoas produzem e conseguem influenciar o pensamento dos demais. Não há um determinismo histórico, assim como não acredito em uma visão coletivista que despreza as poderosas contribuições – para o bem e para o mal – de alguns poucos indivíduos.

Alguns filósofos podem lançar uma sociedade inteira no caos e na miséria, contando com a colaboração das circunstâncias, claro, assim como uns poucos pensadores e estadistas por eles influenciados, como os “pais fundadores” dos Estados Unidos, podem direcionar toda uma nação para uma trajetória de liberdade e progresso. Costumo dizer que a força dos canhões é fundamental, mas que o alvo para onde os canhões estarão apontando depende basicamente das ideias difundidas pela população.

“Mude as ideias, e você poderá mudar o curso da história”, disse Edmund Burke. As crenças marxistas, tanto de um determinismo histórico como de um excesso de materialismo, como se tudo no mundo se resumisse a uma luta de interesses entre classes, prejudicaram bastante o avanço da civilização onde exerceram forte influência. Paradoxalmente, isso mostra justamente o poder das ideias, para o bem ou para o mal, no curso da história. Ou seja, nega a própria crença determinista. Os seres humanos são dotados de livre-arbítrio, e nem tudo se resume aos interesses materiais imediatos. Quem acredita nisso está dando uma confissão e tanto sobre seu caráter, como bem colocou Benjamin Franklin: “Aquele que é da opinião de que dinheiro fará qualquer coisa pode muito bem ser suspeito de fazer qualquer coisa por dinheiro”. Há muito mais do que dinheiro na vida. No final do dia, serão as ideias que determinarão os rumos das coisas.

Vários pensadores de diferentes vertentes chegaram a esta conclusão. O poeta alemão Heine afirmou que “os conceitos filosóficos nutridos na quietude do escritório de um professor poderiam destruir uma civilização”. O grande economista Ludwig von Mises constatou que “ideias e somente ideias podem iluminar a escuridão”. A filósofa russa naturalizada americana, Ayn Rand, destacou que “o homem não pode fugir da necessidade de uma filosofia; sua única alternativa é se a filosofia o guiando será escolhida por sua mente ou por acaso”. A lista de pensadores importantes que depositaram enorme relevância no poder das ideias é gigantesca.

O economista John M. Keynes foi outro que percebeu a relevância das ideias no curso dos acontecimentos. Ele escreveu em sua Teoria Geral: “As ideias de economistas e filósofos políticos, tanto quando estão certas como quando estão erradas, são mais poderosas do que é normalmente compreendido. De fato o mundo é governado por pouco mais. Loucos na autoridade, que escutam vozes no ar, estão destilando seu frenesi de algum rabisco acadêmico de poucos anos antes. Estou certo de que o poder dos direitos adquiridos é muito exagerado comparado à gradual invasão de ideias. Não, de fato, imediatamente, mas depois de certo intervalo; pois no campo da economia e filosofia política não existem muitos que são influenciados por novas teorias depois que estão com vinte e cinco ou trinta anos de idade, logo as ideias que os servidores públicos e políticos e mesmo agitadores aplicam provavelmente não serão as mais novas. Mas, cedo ou tarde, são as ideias, não os direitos adquiridos, que são perigosas para o bem e para o mal”.

Com isso em mente, além do fato de considerar que poucas são as pessoas que realmente entram em contato com as ideias daqueles que vejo como grandes defensores da liberdade, decidi reunir em um só curso resumos das importantes mensagens divulgadas por esses pensadores. Não há dúvida de que interpretei suas ideias através de minha própria esfera cognitiva, selecionando as passagens que mais me interessam e chegando muitas vezes à conclusões minhas mesmo. Procurei resenhar diversos livros de inúmeros autores diferentes, sem seguir necessariamente um critério rígido qualquer. Trata-se de vários temas distintos, e a ordem de apresentação seguiu a cronologia das datas de nascimento dos autores. O que espero é que, ao término das aulas, você tenha uma boa visão geral dos principais argumentos que sustentam o liberalismo. Tenho muito receio do uso de um rótulo simplista, mas poderíamos dizer que o curso conta com pensadores de várias vertentes diferentes, mas associadas de certa forma ao liberalismo.

O mundo está repleto de oportunistas de plantão, manipulando os mais inocentes e leigos de forma a obter total controle sobre suas vidas. O melhor antídoto contra essa malícia é o conhecimento. Uma pessoa que aprende a refletir, questionar e buscar a verdade de forma objetiva e honesta dificilmente será uma presa desses oportunistas. Esse curso tem como objetivo ser uma munição útil contra tais predadores, desmascarando muitas das falácias comumente utilizadas por eles. Além disso, tento apresentar uma alternativa, mostrar o que entendo – através da influência desses pensadores – por liberdade, e como podemos lutar para que cheguemos mais perto deste ideal.

Espero ser bem sucedido nessa tarefa, ainda que não tenha a pretensão de conquistar o consenso. O importante é estar aberto ao debate sincero, focando nos argumentos e deixando, sempre que possível, os preconceitos de lado. Alguns pontos defendidos aqui parecerão “radicais” demais, mas não há nada que diga que um ponto de vista “radical” estará necessariamente errado. Quantas coisas no passado já foram consideradas absurdas e extremistas apenas para serem vistas como normais depois? Um liberal não deve temer mudanças, ainda mais se forem para melhor. Mas deve, como ensinam os mais conservadores, pregar tais mudanças com prudência.

O ambiente das ideias em nosso país está bastante contaminado por conceitos que considero errados ou mesmo bizarros em determinados casos. Uma névoa ofusca a razão dos brasileiros. Reina sobre nós um verdadeiro apagão intelectual. As redes sociais permitiram finalmente que a bolha esquerdista da academia e da mídia fosse furada, e isso é ótimo, mas há também muita cacofonia, muito ruído e um ambiente um tanto hostil ao debate, dominado pelo tribalismo. Os pensadores aqui analisados contribuíram, em graus distintos, para que uma luz fosse acesa no campo das ideias. Divulgando de forma resumida aquilo que julgo serem suas principais ideias, espero justamente colaborar para que possa surgir uma luz nessa escuridão mental que se encontra o país. Como disse Confúcio, “é melhor acender uma pequena vela do que praguejar contra a escuridão”. Os que defendem a liberdade precisam agir.

Ao resumir o pensamento de gigantes como John Locke, David Hume, Adam Smith, Edmund Burke e Alexis De Tocqueville, passando pelos austríacos como Mises e Hayek, por Ayn Rand e seu Objetivismo, e chegando aos mais recentes como Thomas Sowell, Roger Scruton, Theodore Dalrymple e Jordan Peterson, tenho certeza de que você terminará o curso com grande embasamento acerca do arcabouço do liberalismo. São duas décadas de muita leitura mastigada em linguagem didática e acessível, para que mesmo um leigo possa compreender a essência dessa doutrina, com suas diferentes vertentes, mas girando em torno de alguns denominadores comuns, que ficarão mais claros após concluirmos essa viagem no tempo e esmiuçarmos cada nome relevante do que se convencionou chamar de pensamento liberal.

Espero que aproveitem bastante o investimento. Sei como o tempo é escasso hoje em dia, com tanto estímulo por aí. E por isso mesmo fiz o meu melhor para maximizar cada minuto de aula, para que você tenha aprendizado real e diferenciado, e saia não só bastante satisfeito com seu novo conhecimento adquirido, mas preparado para enfrentar qualquer debate político por aí. O liberalismo, afinal, precisa de seus soldados nessa verdadeira batalha de ideias, na guerra cultural em que vivemos. E liberais legítimos, não esses vários esquerdistas disfarçados de liberais que vemos aos montes na mídia, na política e nas redes sociais.

Cursology.com.br/pensadores

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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Presidente do Conselho do Instituto Liberal e membro-fundador do Instituto Millenium (IMIL). Rodrigo Constantino atua no setor financeiro desde 1997. Formado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ), com MBA de Finanças pelo IBMEC. Constantino foi colunista da Veja e é colunista de importantes meios de comunicação brasileiros como os jornais “Valor Econômico” e “O Globo”. Conquistou o Prêmio Libertas no XXII Fórum da Liberdade, realizado em 2009. Tem vários livros publicados, entre eles: "Privatize Já!" e "Esquerda Caviar".

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