Crítica ao artigo de Contardo Calligaris

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Contardo Calligaris tomou ótimo tema, mas perdeu-se nas conclusões. É claro que o Brasil enriqueceu materialmente. 

Lembro-me do meu tempo de infância, no qual não havia água encanada. Tinha-se que ir todo dia ao chafariz buscar água. E nem fogão a gás. Minha mãe passava roupa com ferro à brasa de carvão, o mesmo para cozinhar. E havia a lavadeira para lavar a roupa. Não havia máquinas. Quase ninguém, no meu tempo de infância, tinha carro ou TV. Mas a vida era alegre e descontraída e brincávamos muito.

Contardo perdeu-se ao não ver uma realidade óbvia: o Brasil enriqueceu materialmente e empobreceu espiritualmente. O empobrecimento espiritual do Brasil não foi obra do acaso. Foi resultado da maldade planejada dos agentes gramscianos, que agiram livres.

Governantes de então não se deram conta do tamanho do veneno que era inoculado nas escolas, universidades, imprensa e material didático. Os maus costumes, a perversão, o culto aos vícios, a indisciplina, a vagabundagem, tudo que não presta foi valorizado pelos revolucionários comunistas.

Hoje em dia vivemos a distopia orweliana: a plena revolução dos bichos. O que era virtuoso passou a ser crime e os vícios tidos como virtudes.

Contardo talvez não possa ver isso porque ele próprio é agente graúdo desse processo de transformação do Brasil. Ser contra é sair da corriola.

Sou saudosista e penso que precisamos voltar ao tempo de outrora, não o da pobreza, mas o da bondade. É correr com os maus do poder.

Artigo originalmente publicado no site do autor. [N.E.]

imagem: wikipedia; links acrescidos pela editoria

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Nivaldo Cordeiro

Economista e mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP), ocupou vários cargos na administração federal. Foi professor universitário e empresário em São Paulo. Articulista, tem blog próprio e publica comentários no You Tube.

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