Conselhos de Administração
Os Conselhos de Administração existentes em todas as empresas de capital aberto no País sempre foram tratados como órgãos meramente ratificadores de assuntos já decididos pelas respectivas Diretorias Executivas. Este tratamento, usual no Brasil, não é adequado ao bom desempenho de empresas, especialmente públicas, já que decisões relevantes devem passar pelo seu crivo e não, ser tratados como órgãos meramente ratificadores.
O que ocorreu com a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, pela Petrobras, deve servir de modelo. Adquiridos 50% por um preço substancialmente superior ao que o sócio vendedor havia comprado, meses antes, a operação tem todas as características de um mau negócio devidamente programado.
Isentar a Presidente da República, então integrante do Conselho, que se alardeia “especialista em petróleo”, pode ser politicamente aceitável, mas estraga bastante o currículo técnico de que tanto ela, a Presidente, se ufana.
Conselhos de Administração não devem e não podem ser encarados como órgãos de preenchimento político, mas eventuais ratificadores ou revisores de atos inadequados praticados pelas respectivas Diretorias Executivas.
A posição de Dilma não convence.
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imagem Wikipédia : Reunião do Conselho de Administração da Companhia Ferroviária Leipzig-Dresden, Alemanha, 1852.