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As fontes da ira: petistas falam em “amor” agora, mas semearam o ódio

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O PT finge ser cordeiro, mas é lobo, e faminto.
O PT finge ser cordeiro, mas é lobo, e faminto.

Quando vemos alguém defendendo o PT e falando do “espanto” com o clima de ódio no país, podemos estar certos de que estamos diante de um cínico. Afinal, a linguagem do PT sempre foi a do ódio contra a “burguesia”, o “capitalista”, o “estadunidense”, a “elite” e, mais recentemente, os “coxinhas”. O ódio habita seus corações, como qualquer um que ousa criticar abertamente o partido sabe, especialmente se tiver alguma projeção nacional.

Agora mesmo, em minha despedida da VEJA, atraí inúmeros desses “amorosos” petistas, desejando o pior para mim, destilando uma raiva impressionante, digna do mais rancoroso dos indivíduos. Portanto, defender o PT e falar em “amor” contra o “clima de ódio” no país é como falar em paz na Palestina ao lado de terroristas do Hamas: uma piada de mau gosto.

Quem tem ódio dentro de si são os próprios petistas. Os demais estão indignados, revoltados, furiosos, irados, mas não são seres odientos. Ao contrário: querem eliminar o PT do governo pois não aguentam mais esse ambiente hostil, essa polarização nefasta, essa estratégia de segregação que o partido impõe para continuar seduzindo os incautos. Toda ação leva a uma reação, e o PT semeou vento, e agora colhe tempestade.

Esse foi o tema da excelente coluna de Fernando Gabeira no Estadão hoje. Diz ele:

O PT e os intelectuais que o apoiam falam de ódio. De fato, o amor é lindo, mas como ser simpático a um partido que arrasa o País, devasta a Petrobrás e afirma que está sendo vítima de uma injustiça?

Não são apenas alguns intelectuais do PT que se recusam a ver a realidade. No passado, as denúncias de violência stalinista eram guardadas numa gaveta escura do cérebro. Era impossível aceitar que o modelo dos sonhos se apoiava numa carnificina. Agora também parece impossível admitir que o líder que os conduz tem como principal projeto tornar-se milionário. É como se admitissem ser humildes fiéis de uma religião cujo pastor acumula, secretamente, uma fortuna, enquanto teoriza sobre a futilidade dos bens materiais.

[…] Pessoalmente, na cadeia e no Congresso, fui treinado a discordar, mas conviver com as pessoas, apesar de seus crimes. Nem todos os brasileiros pensam assim, na rua. Não é possível irritar as pessoas ao extremo e, quando reagem, classificá-las de intolerantes.

O momento é uma encruzilhada entre a ira popular e a enrolação institucional. Com todos os seus condenáveis excessos, a raiva nas ruas é que tem mais potencial transformador. A esquerda sempre soube disso. Agora, com o traseiro na reta, o PT descobre o amor.

O apelo por “tolerância” e “amor” dos petistas é tão falso como uma nota de R$ 3 ou como as contas públicas do governo Dilma. E para quem tem memória curta, veja o que Zé Dirceu falava lá atrás, para ficar claro como esse discurso de ódio é antigo dentro do PT:

As fontes da ira podem ser encontradas no próprio PT. O povo está revoltado sim, mas é justamente com o cinismo dos petistas, que instigam o ódio há anos e agora se fazem de santos. A população brasileira não aguenta mais tanta inversão, tanta canalhice!

Rodrigo Constantino

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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Presidente do Conselho do Instituto Liberal e membro-fundador do Instituto Millenium (IMIL). Rodrigo Constantino atua no setor financeiro desde 1997. Formado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ), com MBA de Finanças pelo IBMEC. Constantino foi colunista da Veja e é colunista de importantes meios de comunicação brasileiros como os jornais “Valor Econômico” e “O Globo”. Conquistou o Prêmio Libertas no XXII Fórum da Liberdade, realizado em 2009. Tem vários livros publicados, entre eles: "Privatize Já!" e "Esquerda Caviar".

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