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A política de campeões nacionais foi rebaixada para a segunda divisão

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BERNARDO SANTORO*

A bola do Eike está murcha

O anúncio de ontem do Ministro Guido Mantega que o BNDES irá reduzir seus investimentos é o último suspiro da chamada “política de campeões nacionais”, onde o governo escolhe um ou mais grupos econômicos e injeta altas quantias de crédito para transformá-los em potências internacionais.

Esse arranjo é provavelmente o exemplo mais cristalino de que vivemos em um modelo econômico chamado corporocracia.

Corporocracia é um nome bonito para uma versão leve do fascismo italiano, onde a agenda nacional de um país é controlada por grandes empresas mono/oligopolistas através de um governo fantoche, impedindo o livre-mercado através de extensas e profundas regulações, protecionismo externo e alta tributação.

Esse é, sem dúvida, o retrato do governo petista. Quando um comunista radical me fala que o PT não é mais socialista propriamente dito, eu concordo. O PT hoje é um partido fascista de esquerda.

Essa política nunca dá bons resultados pois um campeão econômico escolhido pelo governo nunca é tão eficiente quanto um campeão econômico escolhido pelo mercado. Um exemplo do primeiro caso é Eike Batista, que viu seu império ruir e há quem diga que hoje já possui patrimônio negativo, ou seja, está falido. Já um exemplo do segundo caso é o triunvirato da AmBev, que inclusive já expandiu seus negócios para o exterior.

A probabilidade do campeão do governo quebrar, por isso, é muito grande. E dependendo do dinheiro investido, pode levar todo o mercado nacional junto. Como a economia brasileira chegou em um ponto crítico para quebra, já não há mais como o governo suportar essa política.

As somas investidas no BNDES para direcionamento ao setor dos grandes oligopólios também nunca fica nas empresas, afinal, políticos precisam de comissionamento para as suas campanhas. O banco também mantem uma caixa-preta em relação a empréstimos feitos para governos não-democráticos como Cuba e Angola. Mais cedo ou mais tarde vários escândalos estourarão, especialmente se houver uma mudança de governo em 2014.

Enquanto os campeões nacionais do PT vão jogar no Aterro, os pequenos empresários brasileiros sofrem para conseguir superar a burocracia e conseguir crédito. Precisamos de campeões que mostrem seu talento no campo (mercado), não nos bastidores das FIFAs da vida.

*DIRETOR DO INSTITUTO LIBERAL

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