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A oposição que não se opõe

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Fachin_Luiz_Edson_Fachin_fotoVejaNa terça-feira 12 de Maio de 2015, a Comissão do Senado que trata das relações com o Judiciário fará a sabatina do magistrado Luiz Fachin, indicado pela presidente Dilma como substituto de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal.

É apenas óbvio que uma militante petista como a presidente Dilma indique alguém polarizado pelos interesses do PT e dos ditos “Movimentos Sociais”, notadamente o MST. O que não era de se esperar é que o principal partido da oposição, o PSDB, não desse nenhuma importância a esse fato. Fachin, seguidor dos ensinamentos do constitucionalista português José Gomes Canotilho, se empossado na vaga no STF, fará, com certeza, o “dever de casa”. Como pregava Canotilho, a revolução socialista pode dar uma acelerada mediante a judiciarização da política, proclamando o “socialismo por decreto”. É só dar uma chance a advogados como Fachin.

Na data marcada para o debate, senadores importantes do PSDB não estarão presentes na Comissão que sabatinará o candidato. Estarão em Nova Iorque, participando de uma comemoração internacional que exalta o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Isso é dar muito mole para a petralhada. O PSDB, aliás, já deu mole quando Fernando Henrique, na época do Mensalão, desistiu de incentivar o processo de impeachment contra Lula, preferindo “deixá-lo sangrar”. Aconteceu o que era de se esperar. O sapo barbudo deu a volta por cima, se reelegeu e elegeu (e reelegeu) o seu poste, com toda a série de desgraças que se abateram sobre o Brasil, deixando-nos prostrados do jeito que todo mundo conhece.

Acho que o artigo que ora divulgo sobre a oposição que não se opõe, publicado no primeiro número da Revista Nabuco (Agosto-Outubro de 2014), pode contribuir ao debate que deve se abrir em torno à fraqueza da atitude dos senadores tucanos.

A oposição brasileira não propõe porque não se opõe. E não se opõe porque foi cooptada pelo Estado Patrimonial. Essa é a triste realidade que pretendo ilustrar nas seguintes páginas.

N.E.: O artigo na íntegra pode ser lido no blog do autor ou no blog do IL em Colaboradores. Ele aborda:  1 – A tradição patrimonialista. 2 – Doze anos de lulopetismo: a oposição cooptada pelo Executivo. 3 – Condições necessárias para o funcionamento de uma verdadeira oposição.

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Ricardo Vélez-Rodríguez

Ricardo Vélez-Rodríguez

Membro da Academia Brasileira de Filosofia e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, professor de Filosofia, aposentado pela Universidade Federal de Juiz de Fora e ex-Ministro da Educação.

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