A naturalidade da auditoria
BNDES perde R$2,6 bi com Petrobrás e balanço é aprovado com ressalvas (Estadão.com)
Empresas de auditoria são genericamente entendidas como avalistas “morais” de balanços e demonstrações de lucros e perdas de empresas de capital aberto. Elas funcionam especialmente como fiscais das contas apresentadas pela Diretoria Executiva ao Conselho de Administração e, finalmente, aos acionistas.
Ocorre que algumas empresas de auditoria, fascinadas pelo prestígio e o tamanho do faturamento de empresas expressivas, acabam por fazer acordos tácitos com diretorias executivas visando manter a conta dessas empresas.
Parece que foi isto que ocorreu com a Petrobras e sua auditora, a PricewaterhouseCoopers (PwC). Acionistas brasileiros, com poucas exceções, não “incomodam” os executivos por receio de perder a conta da empresa.
A Petrobras, sendo negociada na bolsa de Nova York, tem obrigação de prestar atenção a este fato. Agora, está no banco dos réus nos EUA em ação coletiva contra a Petrobras e seus últimos presidentes, nomeadamente Graça Foster e José Sérgio Gabrielli. Dia 29 de maio haverá uma audiência em Nova York para que as partes apresentem seus “argumentos” “orais”. Lá, o buraco é mais embaixo.
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