A cultura esquerdista e a ignorância econômica
Faz bastante tempo que estamos brincando com o perigo no Brasil. A influência política e ideológica canhota, única e ditatorial, apossou-se da cultura e das instituições verde-amarelas, seja de forma direta e/ou enrustida. Há aqueles que enganam deliberadamente e aqueles que são ingenuamente enganados.
Entre em uma livraria e veja com seus próprios olhos os títulos “vermelhos” em várias áreas do conhecimento – Marx, Derrida, Foucault, Deleuze – estrategicamente dispostos no recinto, vis à vis aos poucos exemplares “conservadores”, difíceis de encontrar, muitas vezes escondidos. Busque a bibliografia em escolas e em universidades, em vários cursos e áreas do conhecimento, já que não me refiro especificamente a história, a sociologia, a antropologia, enfim, analise até mesmo em gestão e negócios – mais uma vez o grande Marx e sua versão contemporânea, Thomas Piketty.
Vá além, converse e pergunte honestamente sobre algumas questões “cotidianas da vida” a um jovem de 18 anos.
A influência interessada, o bom-mocismo e a ignorância econômica são gigantescas. O negócio “da hora” é a “crítica científica”, a teoria crítica.
Só se vê, se ouve e se fala o moderno marxismo cultural crítico nas suas variadas versões e facetas. O capitalismo malvado está nos matando, trazendo desigualdades sociais, a guerra de classes também, mas agora atualizada pelo conflito racial e de gênero. Claro, “diversidade”, nessa visão tacanha, significa exclusivamente raça e gênero. Sim, igualmente, a histeria da mudança climática vai acabar com todos logo ali.
Tudo é crítica aos inescrupulosos tomadores de risco e criadores de riqueza. A doutrinação institucionalizada das ideias socialistas, coletivizantes, e os novos artifícios de sua propaganda têm sido avassaladores. No ensino, os alunos são conduzidos por pseudoprofessores travestidos de justiceiros sociais; querendo ou não querendo, eles não têm opção. Além disso, a psicologia das massas freudiana nos explica como esses jovens necessitam de parceiros e de que maneira formam suas identidades sociais.
Pois o ar tupiniquim está infestado dessas ideais coletivizantes, aromatizadas pela atmosfera de bom-mocismo e da crítica ao sistema capitalista, patriarcal e racista; basta ser branco para ser considerado racista. A lógica ilógica é que não parece bastar um governo grande, ele tem que ser mastodôntico. Fico impressionado com a ingenuidade de pessoas que desejam mais e mais do Estado, exigem direitos e mais direitos, no entanto, nunca ouviram falar que existem custos de oportunidade, ou seja, mais de uma coisa, menos de uma outra prioridade. O cobertor é curto, e objetivamente quem gera riqueza e paga a conta são os contribuintes.
Não existe almoço grátis, e tal bom-mocismo exagerado seguramente prejudicará a cooperação social e o bem-estar de todos. Ainda não inventaram o maná. O coletivo abstrato, quando retoricamente enfatizado, sem a real ciência econômica, acaba por matar o indivíduo de carne e osso.
Quase sempre inexiste o imperativo equilíbrio, muito menos a exposição de uma crítica genuinamente liberal e conservadora, dos verdadeiros fatos da história e do desenvolvimento e progresso econômico e social no mundo. Parece que as tentativas coletivizantes deram certo em algum lugar – em Nárnia -, ao contrário do sistema de livre mercado, que tirou milhões e milhões de indivíduos da linha da miséria e da pobreza. Esses são os fatos, não as narrativas!
Essa doutrinação ideológica, aberta ou sútil, é nefasta e está nos conduzindo à beira do abismo. Os jovens e as ideias de hoje serão os implementadores das políticas de amanhã. O ensino brasileiro não pode conviver com a destruidora ditadura do pensamento esquerdizante, para o bem de todos.