Os quatro fundamentos do Islamismo
Como se sabe, o islamismo, por sua própria formação, recusa-se a ser uma religião universal. Digo isto porque penso que uma religião universal deve reconhecer que todos os homens são iguais perante Deus.
Complementou esse princípio religioso o princípio de igualdade jurídica, de acordo com o mesmo todos os homens são iguais perante a lei.
Além dessas duas formas de igualdade, temos ainda outras duas: a igualdade da matemática e a igualdade produzida pela morte: somos todos iguais perante os vermes da terra. “Pó és e ao pó voltarás”. Mas igualdade social é pura utopia socialista.
Ocorre que, para o islamismo, existem dois tipos de seres humanos: os islamitas e os não islamitas, ou “infiéis” (judeus, cristãos, budistas, etc.).
O islamita tem a obrigação de rezar 5 vezes ao dia, com a cabeça voltada para Meca, num tapete de preferência verde porque verde é a cor sagrada do Islã.
E ao menos uma vez na vida fazer uma peregrinação (Hadji) à Meca e circular em torno da Caaba, uma pedra que caiu dos céus branca, mas que ficou preta por causa dos pecados humanos. Teria sido um simples meteoro?
Mas os muçulmanos não aplicam a si mesmos as regras que aplicam aos infiéis. Essa estória é nossa velha conhecida: “Aos amigos tudo; aos inimigos o frio rigor da lei”. “Uma lei para si e outra para os outros”.
E é por esse particularismo que sua “ética” não pode ser universalizada.
Engana-se redondamente quem pensa que eles não têm ética. Eles têm, mas o problema é que ela só se aplica a quem é muçulmano. Para os infiéis, as regras são outras.
Nisto eles em nada diferem da Máfia. Mafiosos também têm um código de honra: a omertà, com regras claras e bastante explícitas.
Por exemplo: mafioso não pode roubar outro mafioso. Mafioso deve obediência cega ao “padrinho da família”, entenda-se: o chefão da quadrilha.
Mas se um mafioso rouba e/ou mata um não mafioso, está tudo bem. É escusado dizer que todas as regras da omertà não admitem reciprocidade em relação aos não mafiosos. Só valem para uso interno.
Tal como a “ética” muçulmana, ela só tem validade para um grupo ou comunidade humana, não para quaisquer outros fora dela.
E é justamente por isso que tanto as regras dos muçulmanos como as da Máfia não são universalizáveis, mediante regras gerais tais como: “Não matar”, “Não roubar”, “Não prestar falso testemunho”, etc. extensíveis a todos os seres humanos sem exceção.
Essas regras gerais já estavam nos Dez Mandamentos da Lei Mosaica, mas foram endossadas pelo Direito Romano e, após receberem importantes exceções, como a legítima defesa, o furto famélico, etc., passaram a fazer parte dos códigos legais de todos os países civilizados.
Supomos que os direitos dos países muçulmanos (árabes, indonésios, etc.), baseados que estão em Al Koran (A Recitação), contêm os mesmos princípios.
Mas assim como os romanos tinham direitos aplicáveis tão somente aos cidadãos romanos, e para os estrangeiros havia um direito distinto – o Jus Gentium –, os direitos dos países muçulmanos aplicam-se somente aos muçulmanos.
Mas como são os “infiéis” encarados pelos islamitas? Ora, aos infiéis se aplicam quatro regras necessariamente na ordem a seguir:
Regra 1: Tentar convertê-los à única religião verdadeira: o islamismo. (Como se vê, eles não são ecumênicos.) Caso resistam à conversão, então…
Regra 2: Pagar tributos aos muçulmanos pelo simples fato de serem “infiéis”.
Regras 3: Caso se recusem a pagar, por atos de desobediência civil, ou por qualquer outro motivo, deverão ser transformados em escravos.
Regra 4: Caso isso não seja possível, por qualquer motivo, serão mortos.
Em relação especificamente a Israel, como não conseguiriam aplicar nenhuma das três primeiras regras, eles estão aplicando a quarta: exterminar todos os judeus. E depois, pelo mesmo motivo, todos os cristãos.
Se você ficou chocado com esse grau de intolerância e de selvageria, fique sabendo que isso funciona assim desde a época de Maomé (570-622 a.D) até a época da globalização.
Na Idade Média, cristãos e muçulmanos eram muito parecidos em seu fanatismo e intolerância. Durante a época das Cruzadas, ambos diziam estar fazendo uma “guerra santa” (jihad em árabe). Chamavam uns aos outros de “infiéis”, etc.
Um dos primeiros passos dados pelo mundo ocidental foi a laicização do Estado, ou seja: o Estado ficou independente da religião e os soberanos europeus não invocavam mais o direito divino dos reis.
No mundo islâmico isso não ocorreu até hoje! Seus regimes políticos são inseparáveis da religião; seus soberanos, além de reinarem pela Vontade de Allah, são absolutistas, ou seja: fazem o que bem entendem sem prestar contas a ninguém. Só prestarão contas a Allah, no dia do Juízo Final.
A propósito: “Califa” em árabe quer dizer “sucessor” (do primeiro califa, isto é: Maomé).
Em síntese: no passado fomos muito parecidos, mas nós mudamos no curso da história, e eles continuaram na Idade Média! Basta ver o modo como eles encaram as mulheres todas vestidas de preto e cobertas da cabeça aos pés, como se fossem freiras.
Se eles tratassem suas mulheres desse modo em sua cultura, não teríamos nada a ver com isso. Acontece que eles imigram para países ocidentais e pretendem viver neles como se estivessem nos seus.
Já ocorreu nos EEUU, uma muçulmana que queria tirar carteira de motorista de burca. Como o funcionário do departamento de trânsito não aceitou tal coisa, ela esbravejou alegando discriminação religiosa. Pode?
Por esta mesma época na Arábia Saudita, as mulheres fizeram uma marcha de protesto reivindicando o direito de dirigir. Mas não creio que sua demanda incluísse tirar carteira de burca…
Os muçulmanos não dão a menor importância ao antigo dito: “Entre os persas, comporte-se como um persa, entre os gregos como um grego e entre os romanos como um romano”.
Mas a recíproca não é válida: quando um ocidental vai para um país muçulmano, ele deseja se comportar como um cidadão muçulmano.
Só cometerá uma infração por desconhecimento, por não saber o que ele não pode fazer. Por exemplo: dar um beijo na boca em público. Isto é haram (proibido, pecado), coisa do Grande Satã, i.e. o Ocidente.
Devemos a Samuel Huntington um importante livro: O Choque de Civilizações, conflito este que, para ele, está ocorrendo entre a civilização ocidental – Israel incluso, apesar de estar no Oriente Médio – e a civilização muçulmana, incluindo a Indonésia, o maior país islâmico do mundo, e parte da Índia.
É preciso acrescentar que nem todos os islâmicos são árabes e nem todos os árabes são islâmicos. Há árabes cristãos maronitas e ortodoxos, i.e. pertencentes à Igreja Ortodoxa com sua sede em Istambul, a antiga Constantinopla.
Huntington diz que, após o fim da guerra fria, o mundo adquiriu uma nova bipolaridade: civilização ocidental e seus costumes e civilização muçulmana e os seus.
Não vou discutir se o que está em jogo é uma bipolaridade que sucedeu a anterior, o Bloco Ocidental liderado pelos EEUU e o Bloco Oriental liderado pela URSS, ou se a bipolaridade foi substituída por uma multipolaridade, como querem alguns.
Mas discordo de Huntington quando ele fala em civilizações diferentes, cada qual com costumes e instituições, não só são diferentes como também incompatíveis.
Segundo penso, o conflito sempre existiu em todas as épocas da História, porque se trata de um forte atrito entre civilização e barbárie.
Se hoje a barbárie é representada pelo islamismo, ontem foi representada por outros povos.
O primeiro imperador da China mandou construir a Muralha da China, para proteger seu país civilizado das invasões dos bárbaros mongóis vindos do norte.
Juntamente com a China, o Egito foi uma das primeiras civilizações, mas estava sempre em luta com povos bárbaros que invadiam o reino do faraó, embora hoje no atual Egito os bárbaros estejam dentro desse país muçulmano. Vide a Irmandade Muçulmana proscrita pelos próprios egípcios.
A Grécia foi uma civilização notável: um dos três pilares da nossa civilização, juntamente com Roma e com a cultura hebraico-cristã. Mas a Grécia era sempre invadida pelos persas, povos bárbaros vindos do Oriente.
Na realidade, a civilização tem coexistido com dois grupos de bárbaros: os que são resquícios da barbárie dentro da própria civilização atentando contra a mesma e os que vêm de fora com o intuito de destruí-la.
Se o leitor não ficou convencido do que estou afirmando com base somente nos Quatro Fundamentos do islamismo, vou mencionar mais alguns fatos para fortalecer minha afirmação.
O mundo se voltou quase todo contra Israel quando a mídia mostrou o efeito dos bombardeios na Faixa de Gaza. Nem alvos não militares foram poupados pelas bombas israelenses matando, assim, civis: velhos, mulheres e crianças.
O que as pessoas não foram informadas, ou mesmo querem ignorar por antissemitismo e antissionismo, é que Israel sempre avisa aos palestinos os lugares e a que horas ele vai bombardear.
Se por acaso é um alvo não militar – uma escola, uma mesquita, etc. – Israel o bombardeia porque sabe que ele contém mísseis e estes estão apontados para o território israelense.
Além de colocar armamentos em escolas, mesquitas e hospitais, os palestinos, sob a liderança despótica de Al Hamas, ainda colocam crianças e mulheres de seu próprio povo como escudos humanos!
Nas escolas palestinas, as crianças, desde os 6 anos de idade, são doutrinadas a morrer pelo Islã. Aliás, “Islã”, em árabe, significa “submissão” – submissão de todos os muçulmanos à Vontade de Allah, submissão da esposa e filhos em relação ao marido, seu proprietário, juntamente com camelos e demais utensílios.
Essa “Vontade de Allah” é semelhante à Vontade Geral de J.J. Rousseau. Não se identifica com a Vontade da Maioria em regimes democráticos porque um só homem – um tirano na Europa do século XVII ou um Xeique (Emir ou Califa) pode encarná-la e expressá-la.
No caso dos Palestinos, a Vontade de Allah é o que o Hamas diz que é e quem contrariá-la será visto como insubmisso à Vontade de Allah – o maior de todos os pecados para o islamismo.
Na realidade, “escudos” não é a palavra apropriada, porque um escudo é uma arma de defesa e estes deles nada podem fazer contra explosões provocadas por mísseis.
Por que então eles adotam essa prática inócua, do ponto de vista bélico defensivo? Porque seu objetivo não é a defesa, mas sim o ataque. Não o ataque em termos militares, mas sim um ataque da propaganda na mídia.
A toda hora aparecem na TV os escombros produzidos pelos mísseis israelenses, geralmente acompanhados de comentários hipócritas e cínicos do tipo: “Vejam até onde vai a crueldade de Israel contra um inimigo mais fraco!”.
E as pessoas se sensibilizam e ficam sempre do lado mais fraco, sem se indagar quem são os verdadeiros responsáveis pela destruição de alvos não militares.
Ora, alvos militares são geralmente pontes, artilharia antiaérea, depósitos de armamentos, aeroportos militares, etc.
Uma igreja e uma escola não foram criadas com finalidades bélicas, mas se são colocados explosivos e mísseis dentro ou muito próximos delas, elas passam a ser alvos militares como quaisquer outros.
Não creio que a Convenção de Genebra não pense desse modo. Tenho razões para acreditar que Israel está fazendo uma guerra defensiva e obedecendo estritamente à ética militar.
Mas pensem bem até que ponto chegaram os fundamentalistas islâmicos que não hesitam nem por um minuto em sacrificar civis do seu próprio povo, para ter vitórias na mídia, uma vez que sabem não poder ter uma vitória militar contra um país muito mais forte e competente do que o deles.
Israel possui um exército muito bem preparado para se defender e se vê obrigado a participar do jogo sujo proposto pelos palestinos. São sempre eles que iniciam os intermináveis bombardeios a Israel.
Se há uma “desproporção” nas mortes de ambos os lados, isto não se dá pela crueldade israelense, mas sim por uma competência militar muito superior à dos palestinos.
Israel avisa sobre os alvos a serem atingidos, de tal modo que os civis possam ser evacuados e ninguém ser atingido. Os palestinos não avisam seus alvos: lançam mísseis inesperada e indiscriminadamente sobre cidades israelenses.
Seu estrago só não é maior porque Israel tem uma coisa da qual os palestinos carecem: um bom sistema antimísseis, para interceptar e destruir os mísseis palestinos no ar. Mesmo assim, alguns conseguem escapar e destroem alvos não militares onde não há escudos humanos, mas sim vítimas civis israelenses.
Nos insaudosos tempos da guerra fria (1945-1991), todos os países do mundo tinham que se alinhar com os EEUU ou com a URSS (Tertium nom datur). Esse negócio de “política externa independente” foi uma lorota do Itamaraty só aceita por desconhecedores da política internacional e pelos parvos que pululam neste País.
Neste tempo de conflito de “civilizações”, todos os países do mundo têm que se alinhar com a civilização ocidental (incluindo Israel e o Japão atual) ou se alinhar com a barbárie (incluindo países islâmicos e fundamentalistas de esquerda em todo o Ocidente).
O Brasil já fez sua opção desde o tempo em que apoiava Ahmadinejad, aquele líder raivoso iraniano que queria “empurrar Israel para o mar” e para quem o Holocausto nunca existiu:
Foi uma criação cinematográfica ordenada pelo general Eisenhower que, diante de um campo de concentração, após a Segunda Guerra, deu uma ordem e fez uma profecia:
“Fotografem e filmem tudo. Quero tudo muito bem documentado porque ainda chegará um dia em que um idiota dirá que isso nunca existiu”.
O dia chegou e o idiota Ahmadinejad fez a referida afirmação! E pensar que este facínora tem muitos admiradores no Brasil, a começar por Lula e pelos fundamentalistas das esquerdas.
Muita coisa mudou no período pós-guerra fria, após a dissolução da URSS (1991). Mas outras tantas em nada se modificaram.
Por exemplo: quando eu afirmo que o comunismo internacional é aliado de ditadores cruéis como Bashar Al-Assad, da Síria, e de todos os grupos terroristas muçulmanos, garanto que não estou tomado pela teoria conspiracionista.
Desde os tempos da guerra fria que essa aliança está em jogo. Um exemplo disso é a invasão de Israel pela RAU (República Árabe Unida composta de Egito e Síria). O líder da RAU, o egípcio Gamal Abdel Nasser, era apoiado pela finada União Soviética e Israel, apoiado pelos EEUU.
E por acaso hoje essas alianças mudaram? Não porque estamos diante de um conflito de muito maior magnitude: Civilização X Barbárie.
A Invasão dos Bárbaros, este foi o título que Guy Sorman deu a um livro em que examina os efeitos negativos da imigração islâmica na Europa e, particularmente, na França.
Com os europeus tendo em média 1,5 filho e os imigrantes islâmicos tendo em média 6 filhos – e supondo que esse ritmo de crescimento se mantenha – dentro em breve os muçulmanos serão maioria em muitos países da Europa.
Sendo maioria, elegerão representantes políticos que abolirão gradativamente as leis de seus países de adoção e colocarão em seus lugares as leis da Shariah, com as bênçãos de Allah.
Diante desse quadro grotesco, tomar partido por Israel é tomar partido pela civilização em sua luta contra a barbárie islâmica e seus aliados das esquerdas caquéticas dando tiros nos seus próprios pés!
Neste sentido, concordo inteiramente com o que li no Blog do César Maia, em 11/8/2014, como resposta da Chancelaria de Israel ao governo brasileiro:
“O Governo de Israel, que vem exercendo seu legítimo direito à autodefesa, expressa profunda estranheza face à postura crítica do governo do Brasil, por sua ingerência, indevida e ilegítima, em seus assuntos internos, tais como o são a proteção à sua população, vítima de ataques terroristas diários, pelas razões a seguir expostas:
1) O governo do Brasil tem aliança com governos autoritários, totalitários e repressivos, que não permitem eleições nem o pluripartidarismo, chegando inclusive a financiá-los, e por consequência financiando a repressão e morte de opositores a tais governos;
2) O governo do Brasil tem contra si inúmeras denúncias de atos de corrupção comprovados, o que atenta contra seu próprio povo, em última análise.
3) O governo do Brasil é exercido por um partido que tem membros fundadores hoje na prisão, envolvidos diretamente em escândalos de corrupção mundialmente conhecidos.
4) Se o governo do Brasil supostamente preocupa-se tanto com vítimas de conflitos, que atente para os milhões de brasileiros mortos, vítimas de roubos, assaltos e de uma criminalidade fora de controle”.
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