Homenagem a Margaret Thatcher (1925-2013)
Margaret Thatcher (1925-2013) nasceu em um 13 de outubro e morreu no dia 8 de abril de 2013. Em minha resenha de sua obra “A Arte de Governar”, constante de meu livro “Guia Bibliográfico da Nova Direita: 50 livros para compreender o fenômeno”, comento que a primeira mulher a atingir o cargo de primeira-ministra do Reino Unido “promoveu reformas liberais, inspirada nas ideias de Hayek. Enfureceu os sindicatos britânicos, aos quais enfrentou sem arredar pé.
(…) Se existe uma Inglaterra antes e depois de Thatcher, também o mundo da Guerra Fria viu na coordenação de ações entre ela e seu amigo americano, o presidente Ronald Reagan, a linha de frente do que alguns chamaram de ‘revolução conservadora’ contra o comunismo soviético” (p. 205).
Observei também que “Thatcher ataca a hipocrisia da esquerda ao se apresentar como o grande baluarte dos direitos humanos, lembrando que ‘foi o Ocidente capitalista que obrigou o Leste socialista a tratar seus súditos como seres humanos e não como peões ou mercadorias'” (p. 209).
A primeira-ministra defendia a economia de mercado sob os parâmetros hayekianos, mas ressaltava também a ênfase na caridade e na empatia que extraía do pensamento de Adam Smith em seu “Teoria dos Sentimentos Morais”, bem como evocava as linhas do conservadorismo de Edmund Burke e Roger Scruton.
Da mesma obra de Thatcher que resenhei naquela oportunidade, destaquei, na p. 212 de meu livro, o seguinte trecho: “a exigência de responsabilidade e limitações para o exercício do poder, a certeza de que a força não prevalecerá sobre a justiça e a convicção de que os seres humanos possuem, na condição de indivíduos, um valor moral absoluto que deve ser respeitado por qualquer governo são aspectos peculiares enraizados na cultura política dos povos de língua inglesa. São os alicerces da arte de governar civilizada. Constituem nosso permanente legado para o mundo” (A Arte de Governar, p. 505).