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A inversão dos direitos das vítimas

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Charge2012-dueloO bandido que não deve ter o direito de cometer crimes, contudo, o que vemos é a inversão desta máxima e não só o bandido tendo direito a fazer o que bem entender, mas os cidadãos não tendo o direito de defenderem-se.

Na mente doentia dos defensores de bandidos, conhecidos também como ativistas dos “Direitos Humanos”, sejam cidadãos “comuns”, ou políticos conhecidos (como a secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário), o cidadão deve deixar o criminoso fazer com ele o que bem entender e não reagir, ou utilizar de “violência” contra o bandido (ou seja, eles nos agridem e reagir é “violência”), pois devemos respeitar “os direitos humanos” desses “coitadinhos marginalizados pela sociedade burguesa, capitalista e fascista (?) malvadona”.

Para esses grupos de defensores de bandidos, ligados sempre à esquerda, os criminosos são “produtos do meio social” e a culpa por serem bandidos é nossa, que trabalhamos arduamente para conquistar o que temos através da meritocracia e de muito esforço. Sim, somos culpados porque temos um emprego, ou somos empreendedores e isso fomenta a inveja alheia. Nesse caso a culpa pela inveja é do objeto invejado e não do invejoso e vagabundo que ao invés de trabalhar dignamente, prefere tomar à força o que o outro conseguiu com trabalho e dedicação.

Como eu já disse em artigo anterior, o que ocorrer contra os bandidos quando reagimos às suas agressões são consequências das ações criminosas desses mesmos bandidos. Atualmente, o que vemos é a morte do bandido ser colocada como uma consequência da nefasta reação do cidadão que teve a audácia de se defender, ao invés de uma consequência da tentativa do bandido em iniciar agressão contra o cidadão.

Os bandidos não são produtos do meio social. Se assim fosse, então os pobres deveriam ser todos bandidos (ou a maioria deveria ser) e os cidadão de classe média e ricos, poços de bondade e honradez. Nesse caso, não haveria crimes do colarinho branco, nem políticos corruptos que ganham mais de R$26 mil ao mês e possuem assistências para tudo.

A realidade é outra. O bandido é uma exceção e não a regra. Tanto, que vemos os pobres (inclusive os mais miseráveis) preferindo desde catar latas de alumínio, papelão e plásticos pelas ruas, até trabalhando em “subempregos”, ou oferecendo sua mão de obra para “bicos” como retirar mato do quintal, pintar uma parede, varrer a calçada, etc. Outros preferem fazer malabarismo nas ruas, vender balas, doces e bebidas nos vagões dos trens e metrôs. E por aí vai.

Logo, virar bandido não é uma consequência da pobreza, por mais extrema que seja, nem da falta de oportunidades, mas de um desvio de caráter pré-existente. Claro, não direi aqui que crescer em um lar desfeito, com um pai bêbado, uma mãe drogada e apanhando, não pode exercer determinada influência, contudo, quantos crescem em lares assim (ricos, classe média e pobres) e optam pelo caminho oposto? Quantos optam pelo crime?

No fim, há sempre a opção e quem a faz é o indivíduo. Não há oportunidade alguma? Ora, e quem lhe disse que os outros são obrigados a lhe dar oportunidades? O vendedor de água ambulante dentro dos vagões do trem teve uma oportunidade lhe dada? Não, ele criou a própria oportunidade e escolheu trabalhar ao invés de cometer crimes. Alguns podem dizer que ele está cometendo um “crime”, pois é proibido tal comércio. Contudo, eu lhes responderei que o Estado é uma instituição que vive do roubo aos contribuintes e não tem legitimidade para existir, quiçá para definir o que são crimes. Isso é definido pela nossa moral, ética e pela ilegitimidade de se iniciar agressão contra outro.

Fosse o trem uma propriedade privada e eu concordaria em dizer que é um desrespeito ao dono fazer algo que ele proíbe em sua propriedade e que é criminoso caso isso carreta alguma agressão contra ele. O Estado tem suas “propriedades” construídas através do roubo e, portanto, devem ser privatizadas e o roubo cessar. Como isso deve ser feito? Há artigos diversos neste Blog, com inúmeras fontes que mostram esse processo, do qual eu ainda falarei muito em artigos futuros. Há também livros de Mises, Hayek, Bawerk, Menger, Rothbard e tantos outros, basta pesquisar e estudar.

O que deixo aqui é esta conclusão: enquanto os bandidos forem tratados como coitadinhos que merecem compaixão e os cidadãos ordeiros e trabalhadores como crápulas culpados pela marginalização desses coitadinhos, enquanto houver o preconceito ridículo dizendo que a pobreza gera criminosos, logo, os pobres são criminosos, continuaremos caminhando em frente à institucionalização do crime como política de estatal de “justiça social” e para o fim de nossa sociedade civilizada e do direito à propriedade mais “sagrada” de todas, a nossa propriedade sobre nós mesmos. 

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Roberto Barricelli

Roberto Barricelli

Assessor de Imprensa do Instituto Liberal e Diretor de Comunicação do Instituto Pela Justiça. Roberto Lacerda Barricelli é autor de blogs, jornalista, poeta e escritor. Paulistano, assumidamente Liberal, é voluntário na resistência às doutrinas coletivistas e autoritárias.

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