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Melhora da Economia em 2017 e Perspectivas para 2018

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O ano de 2017 foi, em termos econômicos, melhor do que 2016, e, possivelmente, 2018 será melhor do que esse ano que passou. O ano de 2017 foi o primeiro ano pós-recessão (segundo o Codace, essa última recessão durou do segundo trimestre de 2014 até o quarto trimestre de 2016), com um crescimento real do PIB depois de dois anos de quedas consecutivas; com a inflação possivelmente ficando abaixo do limite inferior de tolerância da meta (no acumulado em 12 meses até novembro, o IPCA está em 2,80%, e o IPCA-15 fechou o ano em 2,94%); taxa básica de juros na mínima histórica (7,0%); com recuo da taxa de desemprego, só que ainda em um nível muito alto, e impulsionado principalmente pelo aumento do emprego informal.

As expectativas foram melhorando ao longo do ano. Em janeiro de 2017, a mediana das expectativas de mercado (boletim Focus) projetavam um crescimento real do PIB de 0,5%. Agora as expectativas são próximas de 1,0%. O forte crescimento da agropecuária (mais de 10%) pelo lado da oferta, e do consumo das famílias pelo lado da demanda, impulsionaram esse crescimento. Para a inflação, as projeções em janeiro eram de 4,8%, portanto acima da meta de inflação. O último número é de 2,8%. A forte deflação de alimentos (-5,3% no acumulado em 12 meses até novembro), além do cenário externo benigno, com câmbio e risco “bem comportados” ajudaram a inflação a ficar abaixo do limite inferior de tolerância. A taxa Selic fechou o ano de 2016 em 13,75%, e as expectativas do começo desse ano eram de que o ciclo de afrouxamento monetário iria levar a taxa básica de juros até o patamar de 10,25%. Só que o ciclo se estendeu mais, com a taxa Selic fechando o ano de 2017 em 7,0%. A forte queda da inflação possibilitou esse recuo maior da taxa de juros.

Para 2018, as expectativas de mercado, segundo a mediana da Focus são de um crescimento mais forte (2,7%); com uma inflação maior do que esse ano, mas novamente abaixo da meta (3,96%); e mais um recuo da taxa Selic, na primeira reunião de 2018 (em fevereiro), levando a taxa básica de juros para o patamar de 6,75%, e permanecendo assim até o fim do ano.

Sobre as eleições, possivelmente o principal evento de 2018, vale ressaltar que faltando menos de um ano para as eleições, ainda não temos um cenário claro nem dos candidatos, muito menos de quem vai ser o futuro Presidente da República! O importante é que quem vença continue na agenda de reformas do país, se juntando a reforma trabalhista, teto dos gastos, mudança da TJLP para a TLP… Sobre a previdência, caso não seja aprovada ano que vem, esse será um tema para o próximo governo também. Como o principal problema econômico no país é o fiscal, por isso que a reforma da previdência é tão importante para o equilíbrio das contas públicas.

Em resumo, em 2018 vamos continuar a recuperação da economia, com um crescimento do PIB mais forte do que desse ano; com uma inflação novamente abaixo da meta; com a taxa básica de juros na mínima histórica; recuo do desemprego; e ainda com o problema fiscal, com mais um déficit primário e elevação da dívida… A volatilidade dos mercados, principalmente câmbio e bolsa, dependerá muito do cenário eleitoral. Mais para o fim do ano, com o resultado das eleições já definido, poderemos ter um cenário mais claro de qual política econômica vai prevalecer no Brasil a partir de 2019.

Feliz 2018!!
Sobre o autor: Marcel Balassiano é mestre em Economia Empresarial e Finanças (EPGE/FGV), mestre em Administração (EBAPE/FGV) e bacharel em Economia (EBEF/FGV).

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Marcel Balassiano

Marcel Balassiano

É mestre em Economia Empresarial e Finanças (EPGE/FGV), mestre em Administração (EBAPE/FGV) e bacharel em Economia (EPGE/FGV).

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