Uma solução para salvar o país: o empreendedorismo
 Apesar de relevantes avanços no campo político, não será exclusivamente por meio da política que salvaremos o país. Isso porque o problema brasileiro não é tão somente político e institucional, mas principalmente cultural – vide a evidente doutrinação ideológica nas escolas, passando pela preferência de carreira dos jovens da próxima geração.
Apesar de relevantes avanços no campo político, não será exclusivamente por meio da política que salvaremos o país. Isso porque o problema brasileiro não é tão somente político e institucional, mas principalmente cultural – vide a evidente doutrinação ideológica nas escolas, passando pela preferência de carreira dos jovens da próxima geração.
A “geração concurso público”, estimulada por estabilidade[1], salários atrativos (os funcionários públicos federais estão no grupo 1% mais rico do país)[2], privilégios, e sem as pressões inerentes à geração de valor demandada na iniciativa privada chegou a ser o sonho da maioria dos brasileiros.
No entanto, verifica-se gradualmente um enfraquecimento desse fenômeno de querer trabalhar para o Estado, dando espaço para a ascensão de jovens que sonham em empreender. Inicialmente porque com as contas públicas no vermelho, a oferta de vagas por meio de novos concursos públicos vem perdendo a força, após mais de uma década e meia de notório crescimento e aparelhamento estatal – sem que houvesse melhoria correspondente dos serviços públicos, vale dizer.
Ademais, a própria crise econômica, ao que tudo indica a pior de nossa história[3], vem estimulando muitas pessoas a empreenderem: recentemente, a taxa de empreendedorismo brasileiro chegou a quase 40%[4], superior a potências como Estados Unidos e Alemanha.
Segundo estudo[5] sobre os líderes mais admirados pelos jovens brasileiros, encabeçam a relação Flávio Augusto, Jorge Paulo Lemann, Sílvio Santos, Roberto Justus, Bel Pesce, todos ícones empreendedores, indicando que o papel desempenhado por eles vem crescendo, passando a inspirar e influenciar os jovens brasileiros. Um exemplo disso é a trajetória de Flávio Augusto, empreendedor que saiu do subúrbio do Rio de Janeiro para um patrimônio superior a R$ 1 bilhão.
Além disso, a reprodução da ideia de que “o estado nada produz” e de “quem gera valor é a iniciativa privada” tende a aumentar esse fenômeno do empreendedorismo. Já no meio acadêmico, entidades ligadas ao Movimento Empresa Júnior, aos Estudantes pela Liberdade e a Aiesec, entre outras instituições, tem formado um ambiente propício para criação de fortes valores, como meritocracia, compromisso com resultados e valorização do empreendedorismo, com a riqueza antes sempre discriminada passando a ser por aqui admirada.
Apesar da década perdida, é possível crer, analisando a história desses empreendedores e suas respectivas superações diante de dificuldades de toda sorte, que há potencial para inspirar milhões de jovens a fim de romper-se o paradigma que sempre norteou nossa cultura: o estatismo. Nesse sentido, sem dúvidas, melhores dias virão a partir da formação dessa nova cultura empreendedora.
[1] O filósofo Luiz Felipe Pondé em “A Era do Ressentimento” sustenta que a busca pela estabilidade é reflexo de uma geração covarde e que foge dos riscos inerentes ao mercado, que demanda certo nível de maturidade e resiliência para qual muitos não estão prontos.
[2] http://mercadopopular.org/2015/09/a-elite-servidores-na-republica-dos-concurseiros/
[3] http://mercadopopular.org/2016/03/economia-brasileira-deve-encolher-37-em-2016-tornando-crise-a-pior-da-historia/
[4] http://startse.infomoney.com.br/portal/2016/02/24/17236/brasil-mais-empreendededor-do-que-pases-como-eua-e-alemanha/
[5] http://www.ciadetalentos.com.br/imprensa/os-10-lideres-brasileiros-mais-admirados-pelos-jovens

 
            


