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Um Brasil endividado

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DIVIDASHoje temos a chocante notícia de que a dívida pública do Governo brasileiro chegará em 2,5 trilhões de reais até o fim deste ano. O projeto petista de poder, baseado em um keynesianismo tolo e ultragastador, mostrou mais uma vez que é um poço sem fundo, onde quando pensamos que não podemos afundar mais, aí é que afundamos mais um pouco.

Dado que o PIB brasileiro para 2014 foi de 5,5 trihões, e que a expectativa para 2015 é de redução em até 1% desse valor, estamos em um cenário onde não há produtividade e vivendo da destruição da nossa parca poupança.

Essa já parca poupança se mostra cada vez menor com a notícia, também de hoje, que o juro médio ao consumidor subiu a 57,3% ao ano, que é a maior média histórica registrada pelo Banco Central, ou seja, pelo menos desde 1964.

Taxas de juros são, na verdade, o preço do dinheiro para empréstimos, e como todo preço, ele possui significado, conforme já esclareci em outra ocasião:

Preços de mercado estão sempre transmitindo informações acerca da utilidade e da escassez do produto comercializado. Quando o preço de um produto é muito alto, é porque ele está sendo muito útil ou muito escasso, podendo haver uma combinação de ambos. Quando o preço é baixo, é porque ele está sendo pouco útil ou pouco escasso.

Uma das maiores qualidades de um bom empreendedor é saber falar “precês”, a língua do preço. Ouvir o preço, entendê-lo, e responder com a produção e distribuição de bens e serviços demandados pela sociedade é a fina arte de um empreendedor.

Se as taxas de juros naturais de um país estão muito altas, é porque não há poupança interna suficiente, ou seja, gente com dinheiro sobrando para emprestar. Há, literalmente, escassez de recursos. E antes que alguém diga que “é só imprimir dinheiro”, antecipo que essa prática, na verdade, aprofunda o problema. Se o Governo resolve imprimir dinheiro para suprir a falta dele, esse dinheiro novo vai roubar valor do dinheiro velho, desvalorizando ainda mais a moeda, fazendo com que, além da falta de dinheiro, tenhamos também mais inflação.

Também dentro dessa lógica de esvaziamento da poupança nacional, o endividamento das famílias brasileira ronda sempre na faixa dos 60%, com um terço delas em estado de inadimplência. As famílias que tiveram acesso ao pouco crédito disponível não consegue pagá-lo, ou paga com muita dificuldade.

Não nos enganemos. Esse resultado desastroso da economia tem um culpado direto: o Governo do PT, não somente o da atual Presidente Dilma, mas também o do ex-Presidente Lula. A política de expansão monetária, crescimento econômico pelo consumo, protecionismo, altíssima carga tributária, política de campeões nacionais e redistribuição de renda (para pobres, ricos, e políticos, às custas da classe média) foi a responsável por essa catástrofe que vivemos. É o keynesianismo na veia.

Para um Brasil endividado, os remédios são os mais amargos possíveis: um ajuste fiscal muito mais agressivo do que este que vemos aí, responsabilidade fiscal extrema, paulatina redução de impostos com livramento de recursos para investimento em produtividade e educação, liberdade econômica e privatizações.

E aí, PT… topa?

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

Um comentário em “Um Brasil endividado

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    24/06/2015 em 1:42 pm
    Permalink

    Do meu ponto de vista eu entendo que, para um comentário sobre o presente, o texto esta perfeito. Principalmente o Gran Finale, quando é perguntado: ” E aí, PT… topa?”. Porem eu vejo que em muitos temas que aqui são publicados, os autores perdem uma grande oportunidade de contribuírem para o avivamento da memória da maioria do povo brasileiro que, como todos sabemos, é tido como um povo de memória curta. É comum ouvirmos muitos críticos do analfabetismo político dizerem: “Perguntem aos seus amigos, ou mesmo parentes, se eles se lembram em quem votaram na última eleição.” E com absoluta certeza, 90% não se lembrará.

    Todos sabemos que o brasileiro comum tem alguns problemas de difícil solução, que são: “Preguiça de ler, ler com dificuldade, ou ler com clareza, mas não conseguir entender o enunciado do texto. Como eu já havia dito em um outro comentário: ” O brasileiro comum é afeito ao prato pronto”. E é por este motivo que eles são facilmente ludibriados pelas falácias proferidas pela esquerda.

    O que eu acredito ser mais produtivo para o esclarecimento do “Povão”, caso seja este o intuito do Instituto Liberal, pensar em facilitar um pouco mais a vida dos analfabetos políticos, dando-lhes o prato pronto. Quem sabe eles entendendo o texto, não desperte neles o interesse por novos conhecimentos? Um exemplo que poderia ser dado: Quando se falar que: “a dívida pública do Governo brasileiro chegará em 2,5 trilhões de reais até o fim deste ano” É necessário que se diga de quanto era esta divida quando o Rei Lula assumiu o seu primeiro mandato, e de quanto era quando ele entregou a sua herança maldita para a sua sucessora. Só assim começaremos a mostrar aos alienados políticos que, eles estão sendo enganados a mais de uma década.

    Dizer que: “Dado que o PIB brasileiro para 2014 foi de 5,5 trihões, e que a expectativa para 2015 é de redução em até 1% desse valor”, sem demonstrar a grandeza que representa em valores este 1%, é jogar pedra n’água. Pois eles jamais se interessarão em levantar estes dados. Se quisermos alcançar os eleitores que são usados como a grande massa de manobra do petismo, teremos que nos aproximar deles, usando das mesmas artimanhas de convencimento, e principalmente falar a linguagem que eles possam entender. Caso contrário jamais chegaremos a eles.

    É preciso informar-lhes com toda a clareza possível que, o governo quando lhes dá crédito fácil, e subsidia a compra de bens, tais como carros, e principalmente os produtos da chamada linha branca, não o está fazendo por bondade, ou por reconhecer o direito que os mais pobres tem em adquirir estes bens. Tudo é feito de caso pensado. Traduzindo: Povo feliz, voto garantido. Mas infelizmente é como dizem os americanos: “Não há almoço de graça.” Alguém vai ter que pagar a conta. E para que este objetivo seja alcançado, é preciso a partir de agora, lembrar sempre a lambança que a Presidente fez nas eleições de 2014. Assim que tomou posse no seu segundo mandato, começou a colocar em prática, tudo o que dizia que o seu adversário iria fazer, caso vencesse as eleições. Espero que o autor do texto em pauta, não veja este meu comentário como uma crítica, mas como uma colaboração, para ver se conseguimos mudar a atual situação do país.

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