Punição a quem mais depende da verba pública
As profundas crises econômica e política que o país enfrenta não apresentam nenhuma perspectiva de melhora em 2016. Apesar do cenário crítico, o que mais salta aos olhos é que os governistas não são os únicos que nada aprenderam sobre o que acontece quando o Estado se intromete nos setores em que não deveria fazê-lo. Por mais incrível que pareça, ainda soa natural em nossa sociedade que determinados interesses ou bens privados sejam custeados, em vasta quantidade, por dinheiro público; e o carnaval é um exemplo característico disso.
Centenas de milhões de reais são empenhados todos os anos para custear essa festa tipicamente brasileira, sendo grande parte desses recursos advindos dos nossos impostos. Vale lembrar que o Estado não gera riquezas, mas apenas extrai os recursos, compulsoriamente, de quem produz e sob pretexto de que serão devolvidos em formato de serviços públicos “gratuitos” para a população. Se a grosso modo parece aceitável tal extração, não soa tão simples encaixar essa bela festa de nossa cultura, que é o carnaval, como algum serviço essencial, por maior que seja o esforço retórico.
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Texto publicado na edição impressa do jornal Gazeta do Povo. Para ler a integra pasta clicar neste link.
A economia brasileira é abertamente fascista.
O carnaval pelo menos é só uma vez por ano que nos dá prejuízo, pior são as estatais, que inviabilizam nosso futuro 24 horas por dia, consumindo nosso sofrido dinheiro das mais perversas maneiras, nas mãos de bandidos que se autoproclamam de políticos. Mas o brasileiro não aprende nunca. Quanto pior o sistema, mais ele gosta. Miseravelmente ainda hoje tem muita gente contra a privatização até da Petrobrás, que dirá de outros ralos de dinheiro chamadas de estatais. Em tempo: também sou absolutamente contra financiar o carnaval com dinheiro público.
Aqui no DF, com o estado calamitoso das contas públicas deixado pelo anterior governo petista, os foliões é que terão que se financiar este ano. Espero que, superada a crise nas contas públicas nos próximos anos, continuemos assim, sem financiamento estatal, sem, literalmente, farra com dinheiro público.