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“Precês”, subsídios e alto consumo de energia

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velaO grande sambista Cartola lamentava, em música eternizada nos corações e mentes do povo brasileiro, o fato de que as rosas não falam. De fato, rosas não falam, mas existe algo além de seres humanos que também falam: os preços de mercado.

Preços de mercado estão sempre transmitindo informações acerca da utilidade e da escassez do produto comercializado. Quando o preço de um produto é muito alto, é porque ele está sendo muito útil ou muito escasso, podendo haver uma combinação de ambos. Quando o preço é baixo, é porque ele está sendo pouco útil ou pouco escasso.

Uma das maiores qualidades de um bom empreendedor é saber falar “precês”, a língua do preço. Ouvir o preço, entendê-lo, e responder com a produção e distribuição de bens e serviços demandados pela sociedade é a fina arte de um empreendedor.

A língua dos preços, no entanto, pode ser deformada pela intervenção estatal da economia. Regulação de quantidades e estipulação de teto e pisos de preços, além de tributação e subsídios causam uma distorção no preço de mercado que traz consequências negativas para toda a sociedade.

Um caso muito recente é o da energia, que tem recebido subsídios do governo para não sofrer reajuste, em uma soma que já ultrapassa 63 bilhões de reais. Mas se o preço da energia está alto, é por um motivo, qual seja, o de que o Brasil está produzindo pouca energia, havendo escassez do produto.

Esse subsídio então estimula o uso de energia pela sociedade quando o preço natural desse bem está nos dizendo para refrearmos o seu consumo. O resultado é o consumo insustentável e um risco real de apagão, como não se via desde 2001.

Precisamos abrir nossos ouvidos para entender o que o preço real da energia, ignorados os subsídios, está nos dizendo: está faltando energia no Brasil. Precisamos poupar agora, com o estímulo do preço mais alto da energia, e investir em novas fontes de energia, preferencialmente com a abertura de mercado do setor.

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

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