Por que a criação de uma moeda única no Mercosul é um equívoco?
A criação de uma moeda única para trazer racionalidade às políticas públicas que costumeiramente devastam as economias dos países do Mercosul é um equívoco.
Moedas latino-americanas não são âncoras de nada, são pandorgas, pipas nas mãos de governos populistas e demagogos que não se rendem à realidade, à lógica e à ciência que as integra.
O Euro só é o Euro, porque na Europa a existência de países como a Grécia é uma exceção. Na América do Sul, países como a Grécia são a regra. Somente o Chile não se parece com a Grécia, provavelmente por isso nem no Mercosul ele está.
Os governos cucarachas dos demais países, invariavelmente acabam sucumbindo à tentação do gasto fácil, do imposto elevado, do endividamento abundante e da inflação galopante.
Ou a estabilidade da moeda não irá durar por muito tempo ou as relações entre os países membros se deteriorará até que as alianças cheias de boas intenções descambem para o confronto com xingamentos mútuos em portunhol.
O problema das moedas existentes no mundo tem nome e sobrenome, se chama Banco Central. Moedas sem lastro são instrumentos utilizados pelos falsários. Não importa se elas são privadas ou estatais. Moedas sem lastro são simples papéis pintados que não estão vinculados a um valor objetivo por trás.
Moeda é um instrumento de troca, não possui valor intrínseco. O que dá valor a uma moeda é a sua relação quantitativa com a reserva que dá lastro ou a oferta comparativa com o valor que produz uma sociedade.
Aumentar a produção de moeda é fácil, difícil é aumentar a produtividade da sociedade e a produção de riqueza verdadeira.
Governos não produzem nada, não criam riqueza, é por isso que imprimem moeda para continuarem gastando sem precisarem da aprovação das sociedades que os sustentam, levando-as à pobreza.
Governos, bancos centrais, são piores que falsários. Falsários não usam de força para obrigar a população a aceitarem o papel pintado sem lastro e sem controle que criaram.