“Wokismo” ofegante

Print Friendly, PDF & Email

Excetuando-se a juventude lobotomizada por outros jovens marxistas doutrinados e a turma de sectários ideológicos do “progressismo do atraso”, o tal de “wokismo” cruzou a linha vermelha (só poderia ser a cor), e ninguém mais aguenta. Somente, claro, aqueles que lucram com o embuste.

A “cultura progressista acordada” não passa de uma ideologia genuinamente racista, que, no embrulho para presente, passa a imagem, repetida sem descanso, da suposta preocupação com a opressão e a busca de justiça social. O foco dessa preocupação está na política de identidade, da proteção das questões de gênero, raça e orientação sexual, que, de maneira intolerante, despreza e agride todos aqueles que, segundo eles, discordam de suas ideias nobres e benevolentes sobre justiça social. Essa turma pensa – e o pior é que acredita – que são superiores, cognitiva e, principalmente, moralmente.

Por mais ridículo que possa parecer, a burguesia branca, exibindo seus sentimentos de culpa, necessita sinalizar a vergonha por seus privilégios sociais e econômicos, muito embora ninguém possa ser culpado por ter nascido em uma melhor condição econômica e social. A partir do “wokismo”, estabeleceu-se, por “default”, que todo homem – e mulher – é racista, e que as diversas e variadas minorias identitárias são presas indefesas, vítimas.

Nesse “novo mundo moderno”, o que mais se enxerga é a mentira, a hipocrisia e o cinismo, materializados por meio de sinalizações de virtude, via exibições melodramáticas em favor de grupos identitários, sejam esses negros e/ou membros dos oprimidos grupos LGBT.

Qualquer sujeito racional enxerga a olhos nus a mentira escrachada quanto à defesa de grupos minoritários. Defendem-se os direitos de justiça e igualdade de um homem negro, de uma mulher feminista e/ou de um homossexual, desde que, e somente se, estes estiverem em conformidade com as várias e diversas tribos esquerdistas. Se tal negro, feminista ou homossexual pender para a direita, a “coisa” muda completamente de figura. Imaginemos se pertencer, então, ao grupo minoritário no qual eu me incluo – dos judeus. Neste caso, além de não haver amparo, existe o desejo, e o clamor em praça pública, de eliminação dessa minoria, uma vez que são considerados conspiradores e opressores de outros povos e religiões.

O “wokismo” da suposta defesa de grupos minoritários, vejam só, tutela atrocidades cometidas por grupos terroristas sanguinários, tais como Hamas e Hezbolah!

Essa ideologia, de verdade, só tem existência em razão de interesses ideológicos tribais e/ou pessoais. Preto no branco, só existem mesmo verborreia e aparências envolvidas. Tal onda inebriante de bom-mocismo cresceu como um tsunami, porque todo o ambiente foi gestado para impor temor e medo àqueles que não acreditam nesse transparente engodo. A propaganda “woke” é de causar inveja àquela de Joseph Goebbels, no período nazista.

Como um tema polêmico, aqueles que, como eu, mostram-se contrários a essa ideologia oportunista do identitarismo são taxados – e cancelados – por serem preconceitos, xenofóbicos, entre outras classificações nada meritórias.

Diversidade e inclusão – verdadeiras – devem estar sempre presentes, embora não nos holofotes. Diversidade e inclusão referem-se ao respeito à dignidade de outros, à diferença. Oportunidades devem existir e crescer para todos. Jovens da periferia, gente de outras etnias, idosos, deficientes, gays, enfim, para qualquer um, de carne e osso, que se encontre em condições, diga-se, menos favorecidas.

Esta é a diversidade genuína, não a envergonhada, exposta e sinalizada aos quatro ventos, verdadeiramente orientada para um projeto de poder. Que bom que não há mentira que dure para sempre, tampouco verdade que nunca seja revelada.

Desse modo, a grande indústria da diversidade e inclusão, do embuste “woke”, diga-se de passagem, milionária, vem, factualmente, perdendo seu ímpeto. Uma série de empresas – inclusive as grandes corporações, p.e. Deere & Co, Ford – agora declaram publicamente que estão abandonando a política “woke”, a fim de se alinharem àquilo que, de fato, importa para os negócios e para os interesses de seus clientes.

Há uma luz no fim do túnel. Eles acordaram! Perdeu o fôlego, para o bem de todos, tal política racista, discriminadora e que, de fato, divide as pessoas. Pois eu não vejo a hora do fim dessa trágica verborragia “woke”.

Faça uma doação para o Instituto Liberal. Realize um PIX com o valor que desejar. Você poderá copiar a chave PIX ou escanear o QR Code abaixo:

Copie a chave PIX do IL:

28.014.876/0001-06

Escaneie o QR Code abaixo:

Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

Pular para o conteúdo