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Tragam a mamadeira para Maia

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Rodrigo Maia faz birra e bate os pés no chão, porque não é adorado como queria que fosse pelo governo, por seus apoiadores e seus agregados. Por não ser constantemente acariciado e nem ter suas pautas acima das pautas nacionais, Maia se encontra num frenesi tão histérico que já começa tentar “melar” o pacote anticrime de Sérgio Moro, pois esse não o agradou o suficientemente; e agora, também parece querer fazer o mesmo com a Reforma da Previdência.

É um claro estado — talvez clínico, ou apenas de falta de carinho — de ego inchado. Talvez Maia, acostumado ao berço da velha política, onde o picadeiro dos egos servia para disfarçar patriotismos sem almas e ativismos tolos de corruptos e corruptores, talvez o presidente da Câmara não tenha entendido que o Brasil — não o governo somente — não tolerará mais conchavos e birrinhas basbaques. Fazer cara de choro não funcionará com os pais e as mães brasileiras; aquilo que foi apelidado de “velha política” — um nome adocicado que servirá de eufemismo para cientistas políticos mais sensíveis e para jornalistas que devem rezar diariamente o missal do politicamente correto — não é mais tolerado. Sabe por que a população elegeu alguém do baixo clero(?), porque ele era a opção fora da patota dos “discursinhos fofos, porém mentirosos”; ele não se achegava à “política dos castelos”; ele foi verdadeiramente o antipolítico que Mark Lilla tanto reprova em seu livro O progressista de ontem e o do amanhã. Se isso será bom ou ruim para o país, deixaremos para o senhor Tempo julgar com mais primazia; entendam: era a janta que tínhamos para o dia.

A birrinha do “ai, Carlos ‘Bonoro’ me criticou, e por isso vou parar a articulação da reforma”; “ai, Bolsonaro não me deu a chupeta do poder, então endurecerei suas causas”; “ai, Moro não me fez cafuné, agora vou apontar dois inaptos para analisar sua obra”; tudo isso só mostra ao mundo todo, gritado deliberadamente do mais alto cume, o quão despreparado e apalermado é o atual presidente do legislativo nacional. Está na hora de desmamar, bezerrão; crescer faz parte de nossa constituição mais basilar, e romper com joguinhos de ego e superar o momento anal — ps. leiam Freud caso não entendam essa frase pornográfica — é o mesmo que alcançar estágio da dignidade e do caráter. Venha para fora do berço, Rodrigo.

Pois é, Maia, agora sim, és literalmente o Kiko do humorístico Chaves. Após ser reprovado pela vila, não ser incluso nas brincadeiras do Chaves e nem da Chiquinha, dar piti ao vivo e chorar na parede ao lado na esperança de que sua mãe apareça e o vingue da injustiça imaginária sofrida, afagando assim o seu ego monstruoso e justificando a sua intempérie birrenta; após tudo isso, espera o homem ter algum apreço daqueles que justamente querem acabar com tal mesquinharia na política nacional.

Não precisamos de meões gerindo nossa Câmara dos Deputados, precisamos de homens adultos e maduros, se possível um verdadeiro estadista capaz de discernir e separar as necessidades da nação de seus egotismos; não precisamos de “estadistas” sensíveis no ego, de deputados de cristais. Precisamos, por fim, de homens que saibam que seus umbigos não são maiores do que a necessidade de reformas no país, que travar uma lei anticrime tão urgente é o mesmo que ser cúmplice abstrato dos crimes que poderiam ser evitados ou corretamente punidos com a medida. A opinião idiota de Carlos Bolsonaro, assim como a tão sonhada mamadeira do apreço político, não são mais importantes que a vida dos brasileiros, Maia. Cresça!

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Pedro Henrique Alves

Pedro Henrique Alves

Filósofo, colunista do Instituto Liberal, ensaísta do Jornal Gazeta do Povo e editor na LVM Editora.

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