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Por que os políticos não nos representam?

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Um dado é alarmante, apenas 36 dos 513 deputados na atual legislatura foram eleitos com votos próprios. Esse dado é importante para entender a crise de representatividade no sistema político atual. Também nesse momento, acontece a discussão em Comissão Especial para a nova reforma política que deve ser votada em alguns meses. Nessa comissão foi discutida a crise de representatividade pelos deputados e eles parecem ter a noção que os cidadãos não se sentem representados de nenhuma forma pelas decisões tomadas em Brasília.

Talvez, exista correlação entre os poucos legisladores eleitos por voto direto e essa insatisfação mas não nos interessa aqui fazer essa análise. A reflexão que deve ser feita é sobre o quão incômoda é a existência de tantos fazendo tão pouco. Apenas em 2015, foram gastos mais de 1 bilhão de reais pelo nosso legislativo federal e não obstante, não foram criadas melhores condições para a liberdade. Claro que seria uma estupidez dizer que a liberdade de 200 milhões de brasileiros pode ser traduzida em cifras, a liberdade não tem preço.

Ainda assim, o futuro não nos traz boas notícias pois estaremos basicamente nas mesmas condições. Os dispositivos da eleição não mudarão a tempo para o pleito de 2018 e novamente teremos burocratas não escolhidos por nós mas bradando alto em nome da democracia representativa. Representantes de quem? Talvez dos lobistas que compram leis favoráveis a um grupo seleto de amigos do Estado, talvez ainda contra a nossa livre iniciativa, nosso direito de portar armas para defesa ou a nossa liberdade de escolher.

Mas então, seria possível que eu escolhesse um representante dessas ideias que são tão caras a mim? Ideias que já se mostraram ser sucesso nas nações mais desenvolvidas do mundo. A resposta é um sonoro não e como explica o economista Friedrich Hayek, o conhecimento está disperso na sociedade. Não há a menor possibilidade de burocratas conhecerem as demandas da sociedade, nem mesmo com um aumento absurdo da ciência com método computacional de última geração pois qualquer tecnologia seria inútil contra as milhares de decisões que tomamos todos os dias. Ainda que fosse possível, delegar decisões da sua vida a burocratas seria bastante perigoso. A democracia não pode se tornar a ditadura da maioria, como acreditam alguns. Tudo isso, explica como mesmo que 100% dos deputados fossem eleitos por voto direto, seja por votação por distrito, maior absoluta ou qualquer outro método, ainda estaríamos a mercê de um governo não representativo.

A saída está em limitar o governo e seu poder. Em um discurso que vale a pena conferir, o ex-presidente americano Ronald Regan fala exatamente sobre esse limite. “Somos nós, o povo, que dizemos o que o governo deve fazer. Não o contrário”, o poder dessas ideias é mais poderosa do que posso descrever. Representa tudo contra o autoritarismo, a não representatividade, o limite que deve ser imposto pelas pessoas aos seus políticos e ao seu esmagador poder. Quando, finalmente, entendermos isso, aí sim estaremos prontos para sermos livres.

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Heitor Machado

Heitor Machado

Heitor Machado é Gerente de Projetos tendo trabalhado em multinacionais de engenharia de construção e software de gerenciamento.

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