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Os empréstimos do BNDES nos governos do PT

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Durante os governos do PT, entre todos os países que o Brasil mais emprestou dinheiro para financiar obras no exterior, via empreiteiras, apenas um país realizou pagamentos em dia, e ironicamente este país foi justamente o que realizou as obras mais patrimonialistas possíveis, que é Angola.

Angola usou o BNDES para financiar uma reforma em todos os prédios governamentais de Luanda, capital do país, e de quebra renovar a residência presidencial, ocupada na época pelo ditador José Eduardo dos Santos, e ainda construiu do zero um imenso palácio para a filha do mesmo, Isabel dos Santos, conhecida como “A mulher mais rica da África”. No total, foram 31 obras no país e 3,2 bilhões de dólares emprestados.

O curioso é que Angola mantém os pagamentos em dia, mesmo sendo o maior credor do BNDES, com 36% do valor exportado ao exterior, pagando sem nenhum atraso, restando apenas 639 milhões de dólares da dívida ativa, ainda a vencer em parcelas futuras.

A Argentina, que é a segunda fonte de empréstimos, também nunca deu calote. Mas a situação se explica pelo tempo do último empréstimo, afinal a última vez que a Argentina realizou solicitação de crédito ao exterior, a Lava Jato sequer havia começado e o desastroso governo Alberto Fernández também não. A situação econômica era muito melhor e o país ainda tinha a reputação de arcar com as próprias contas. Coisa que no cenário atual seria equivalente a emprestar milhões para os donos das Lojas Americanas.

A Venezuela, que vem em terceiro lugar, começa uma longa lista de recordistas de inadimplência que levaram o BNDES a estar com um rombo bilionário. Recebendo 1,5 bilhão de dólares, o país deve 374 milhões e sinalizou ainda em 2016 que não iria pagar os empréstimos de maneira alguma. E isso é notório uma vez que o PIB venezuelano retraiu 73% na última década por ações diretas da ditadura chavista.

Cuba sozinha ganhou 682 milhões para tocar apenas uma obra: o infame porto de Mariel. Infame porque na época do empréstimo, foi o primeiro contrato colocado sob sigilo de estado. O motivo de sigilo: Lula interveio diretamente para o empréstimo ocorrer e a obra sair. O contrato sozinho recaiu com imensas excepcionalidades que nenhuma obra dentro do território nacional jamais ganhou.

Quando chegou a hora da cobrança, Cuba deu calote e nunca mais pagou por nada. Nada surpreendente uma vez que uma das excepcionalidades envolvida um seguro de cobertura do calote de 100%. Basicamente um passe livre pro calote acontecer.

No fim da lista, temos Moçambique. O país emprestou quase nada, mas nunca pagou nenhum centavo dos empréstimos e ainda como bônus assassinou um dos executivos da empreiteira Andrade Gutierrez por estrangulamento durante a execução das obras. A quem desconhece, Moçambique deriva de uma pobreza absoluta sendo comandado por milícia paramilitares.

Por último se destaca o caso da Guiné Equatorial. O país, com grandes reservas de petróleo na bacia oceânica, ganhou empréstimos para fazer plataformas oceânicas de exploração. Unindo os empréstimos do BNDES, o governo da Guiné ainda emprestou muito dinheiro do tesouro nacional brasileiro e nunca pagou. Ganhou o perdão da dívida inteira no governo Dilma Rousseff.

Nos demais casos, os países pegaram empréstimos bem menores e modestos e quase todos já quitaram ou estão pagando em dia sua dívida. Os casos problemáticos, em geral, envolvem aqueles que se mantém em laços estreitos por ideologias políticas ante a segurança jurídica.

O retorno do investimento a uma Argentina falida vai ser mais um dos vários acúmulos de dívida do BNDES nos últimos 15 anos dos quais o PT insiste em contrair por amizades ideológicas.

Enquanto isso, 8,6 mil obras nacionais paradas esperando verba federal para continuar, sendo 3,9 mil na área da educação. Mais uma jogada do Governo dos Pobre.

*Artigo publicado originalmente na página Liberalismo Brazuca no Facebook.

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