fbpx

Menos planejamento e intervenção estatal, mais liberdade individual

Print Friendly, PDF & Email

Eu admito que li e gostei da “estrutura das revoluções industriais” reportada no livro do showman Klaus Schwab, A Quarta Revolução Industrial. Utilizo-a em algumas aulas.

No entanto, penso que as pessoas passam por determinadas fases e/ou se revelam de fato.

Esse senhor, criador do Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, ao longo de suas edições, tem deixado transparentes sua face e suas – medonhas – ideias.

Ele parece ser mais um intelectual interessado, regurgitando “boas intenções” na direção de salvar o mundo, numa transa sinistra entre governos e empresas, e em que empresas têm obrigações para com a sociedade, para muito além de ofertar produtos e serviços que resolvam melhor as necessidades dos consumidores e, portanto, os satisfaçam.

Claro que ele aspira, juntamente com burocratas estatais e líderes corporativistas, a um Estado inchado e intervencionista, que consequentemente ceifa liberdades e direitos individuais dos cidadãos.

Talvez por isso pareça que a relevância e o impacto do Fórum Econômico Mundial cresçam como rabo de cavalo. Nada além de um show de e para celebridades.

Aliás, é o palco adequado para figurões e artistas que sempre frequentam Davos.

Fico a me perguntar onde foram parar as ideias de liberdade econômica, de produtividade, de inovações, de interconectividade global, de espírito empreendedor, de desburocratizações… enfim?

Pois parece que a discussão desses tópicos da realidade empresarial de sempre tornaram-se secundários frente aos “temas momentosos” que agradam à agenda política de burocratas e intelectuais. Não surpreende que, faz tempo, o foco na cidade de neve esteja nos quentíssimos ESG, diversidade e inclusão, e nas intermináveis e sonhadoras ideias relacionadas a mudanças climáticas.

Vendo esse “mundo novo”, acho que li os livros errados, em que a grande maioria de estudiosos e especialistas em economia e negócios recomendava, para ser sucinto, que o Estado deveria sair do caminho e atrapalhar o menos possível as pessoas e as empresas, os genuínos criadores de riqueza.

Posto de outra forma, o intervencionismo governamental é a receita para a catástrofe econômica e social. Isso mesmo, social.

Schwab, o intelectual, e seus parceiros de festa, têm a arrogância e a pretensão de se converterem em semideuses capazes de, do alto de suas torres de marfim, criarem leis e regulamentos para salvar a humanidade.

Esse seleto grupo de “iluminados” quer mesmo planificar as ações humanas, algo impossível, por meio de ideias e de iniciativas autoritárias.

A própria temática da essencial “liberdade de expressão” passou a ser discutida nos mesmos moldes de controle adotado, desgraçadamente, pelos “iluminados e iluministas” do STF daqui.

Não é preciso ir muito longe para perceber o quão nefasto é o intervencionismo estatal.

A pandemia do coronavírus demonstrou cabalmente como as “boas intenções” de burocratas estatais arrasaram a economia, destruindo uma série de cadeias de suprimentos, gerando quebradeira de empresas, desemprego e aumento da fome e da pobreza.

Evidente que eles não arcam com as consequências de suas “boas intenções” e, quase sempre, o resultado das intervenções adotadas é pior do que as situações atuais dos problemas que endereçavam resolver.

Hayek e os austríacos defendiam a ordem espontânea e a impossibilidade de um planejamento central “eficiente”, uma vez que o Estado não dispõe de todas as informações para alocar recursos de forma mais eficaz; o conhecimento é disperso e complexo em sociedades formadas por milhões de pessoas diferentes.

Schwab e seu grupo de visionários “iluminados” desdenham dos fatos, visto que os resultados do intervencionismo são sempre maléficos, além de esses senhores exporem arrogância e autoritarismo, uma vez que desejam decidir coercitivamente sobre a vida dos outros.

Em síntese, o intelectual Schwab faz parte da turma “mais Estado, menos indivíduo”.

Urge que o governo saia da frente e deixe de atrapalhar as pessoas nos mercados, permitindo que a persuasão opere, ao invés da grotesca coerção estatal.

Concluo com a frase definitiva de Hayek, com a qual compartilho: “Quanto mais o Estado “planeja”, mais difícil se torna o planejamento para o indivíduo”.

Faça uma doação para o Instituto Liberal. Realize um PIX com o valor que desejar. Você poderá copiar a chave PIX ou escanear o QR Code abaixo:

Copie a chave PIX do IL:

28.014.876/0001-06

Escaneie o QR Code abaixo:

Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

Pular para o conteúdo