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O relativismo da família na (i)lógica esquerdista

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É de impressionar como gente esclarecida consegue ser ludibriada por um falastrão, transparentemente dotado de baixo nível cognitivo, tangenciando o zero em nível de cultura geral. Evidente que o descondenado compensa tudo isso com muita esperteza, tão avantajada que se torna perceptível.

Em sua fala no glorioso Foro de São Paulo, ele afirmou que o discurso fascista põe em relevo a família. O tema da família, na falaciosa retórica esquerdista, é por demais interessante. Se por um lado, o núcleo familiar é execrado pelos socialistas, tendo em vista que simboliza a hierarquia e a transmissão de valores dos pais para os filhos, além de supostamente reproduzir as relações capitalistas num contexto menor, de outro lado, a família representa a possibilidade da existência de relacionamentos sociais mais ou menos “igualitários”, onde não há “stricto senso” propriedade privada, e inexiste aquilo que os coletivistas denominam de “exploração capitalista”.

Numa família, seus membros, de alguma forma, negligenciam a lógica do cálculo econômico. Alguns membros trabalham, enquanto outros podem ser sustentados por aqueles que trabalham. Os laços familiares de afeto e de preocupação são muito intensos e fazem com que haja o amor fraternal neste contexto, motivado por aspectos religiosos e/ou sociais. Não desejamos e nos sentimos culpados por causar um dano a quem estimamos, em especial, aos nossos familiares e próximos. Queremos evitar a experiência de culpa com relação àqueles com que nos importamos.

Embora seja no berço familiar que são ensinados os valores virtuosos e instados comportamentos sadios, há uma série de concessões, pelo conhecimento profundo dos familiares. Nesta direção, inexiste a “propriedade privada”, na sua pura acepção.

A questão intrigante é que, mesmo rejeitando o conceito de família, a esquerda vê como viável transmutar a economia familiar para o todo social. Logicamente que esse é um rotundo engodo. As relações tribais eram possíveis entre, mais ou menos, 150 pessoas. Com a expansão populacional e geográfica, surgiram os Estados-nações e os governos para regular a vida em sociedade.

Nesses espaços ampliados, não é possível reproduzir – de forma bem-sucedida – os relacionamentos econômicos e sociais que se passam no seio familiar. Os indivíduos, com senso de capacidades e responsabilidades próprias, necessitam zelar por suas próprias vidas nos mercados. Todos precisam ser auto motivados e ajuizados de seus direitos e obrigações.

Há um contrato social tácito, em que são impostos ao cidadão tributos a fim de financiar a provisão de bens públicos e auxiliar na manutenção daqueles mais necessitados. No entanto, no intenso processo de coletivização da sociedade brasileira, o Estado tributa cada vez mais o trabalhador, com o objetivo de sustentar políticas públicas e programas sociais, muitos destes contraproducentes.

Objetivamente, o indivíduo é – ou deveria ser – livre para exercer seu arbítrio na realização de atos de caridade. O que se vê, nessa republiqueta de cabeça para baixo, é a coerção na direção da impossível “igualdade social” via coletivização.

Estão-se formando, pelos tórridos e equivocados incentivos, pessoas que desacreditam nos seus próprios potenciais, com baixo senso de responsabilidade e que cultuam a infame dependência desejada pela ideologia do fracasso. Definitivamente, família e mercados são dois ambientes econômicos e sociais completamente distintos, irreproduzíveis.

Como expresso na fala do ex-presidiário, a narrativa contra a família têm propósitos claros. O central é aquele que vê na hierarquia familiar o instituto dos esteios da ordem, da disciplina, da responsabilidade, do senso de liberdade, do esforço próprio, da justiça, da compaixão, do respeito ao próximo, entre outros valores virtuosos.

Todos esses princípios basilares, quando o indivíduo perde sua estreita conexão familiar – além do “vínculo com o divino” -, trocada pela espúria ideologia do Estado, são extorquidos e manipulados pelas mentes perversas de “semideuses” ideológicos, ávidos por mais e mais poder e benesses.

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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