O fetiche “progressista”

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Tenho opinado que os pregadores da “cartilha ideológica progressista”, aquela do politicamente correto, haviam exterminado com o essencial humor em nossas vidas. 

É mister enfatizar que é por meio do humor que existe uma facilitação das relações sociais, necessária para a aproximação das pessoas. Sobretudo, para aumentar o nível de aceitação e confiança entre pessoas e/ou grupos sociais. 

Atual e tristemente, tudo se transformou em algo ofensivo, tudo é a tal de micro agressão.
Dou a mão à palmatória. Equivoquei-me. Na verdade, faz parte desse mesmo modus operandi, dividir a sociedade em facões menores, genuinamente, obcecadas com o melodrama holofotizado, berrando e demonstrando sua suposta superioridade ideológica.

Errei. A esquerda festiva, utilizadora das pautas identitárias para fins puramente partidários e eleitoreiros, é a piada que já vem pronta!

Ninguém aguenta mais tamanha hipocrisia em relação à badalada indústria da “diversidade e inclusão”. A banalização e o oportunismo “progressista” foi tão avassalador que as grandes corporações estão, de fato, abandonando a brincadeira séria de transformarem suas lideranças em “estadistas”, salvadores da humanidade.

Repito. Quanto mais os “guerreiros sociais” enfatizam a estratégia de dividir, mostrando diferenças, menor é a probabilidade de que as pessoas se atentem legitimamente para tais diferenças. Há mesmo um desmagnetismo, representando um convite para aqueles que não engolem tais falácias identitárias politizadas, voltarem-se contra tais aberrações. Ou melhor, são legítimas comédias hollywoodianas.

O fetiche identitário da turma progressista é hilário. A (des)elite progressista branca, dos “grandes” intelectuais (ungidos) e artistas – e seus seguidores – agora pode expor suas pseudo-virtudes, transpirando seus sentimentos culposos, buscando aliviar suas consciências pesadas. Mas foram eles que, por exemplo, escravizaram negros e brancos em séculos passados? Não há como reconstruir o mundo vivido!

Tenho assistido verdadeiras óperas dantescas. É tragicômico ver cidadãos negros discordarem de pautas apropriadas e politizadas pela burguesia branca “progressista”, como assisti em recente debate televisivo. É preciso comentar o comportamento do mediador da “grande mídia”? Piada!

Tais militantes partidários dão de ombros para a essencial solidariedade e empatia – que necessita de real coesão social -, mostrando somente boas intenções, sem que haja efetivo comprometimento no aprofundamento de temas importantes, embora controversos. Eles querem mesmo é fazer barulho e espuma “vermelha”, abordando, tal qual a casca de um ovo, ao invés do fundamental conteúdo, a clara e a gema.

De fato, as pautas identitárias politizadas pela esquerda servem, de maneira fervorosa, de suporte para o real objetivo “progressista”, ou seja, o alcance do total controle estatal sobre as vidas sociais e econômicas das pessoas. Só a liberdade individual é legitimamente capaz de fazer com que os indivíduos sejam livres para pensar e tomar suas próprias decisões – e se desenvolverem com as próprias pernas, braços e mentes.
Além de ser uma grotesca piada para aqueles que não se alinham às tribos esquerdistas, esses partidários vermelhos acabam gerando um tremendo desserviço para as minorias de LGBTQIA+, de negros, de feministas de verdade, entre outras. Funciona como um contra remédio para a verdadeira batalha contra a discriminação e o preconceito.

É quase impossível não enxergar que negros, gays, feministas e outras minorias, são só negros, gays e feministas se estiverem em conformidade com as várias tribos esquerdistas. Se não pensarem de acordo com a manada progressista, eles mudam de cor, gênero, raça e/ou pauta.

A hipocrisia e os clichês utilizados têm sido tão transparentes e repugnantes, no sentido de colocar luz sobre as narrativas e falácias referente ao sofrimento e opressão dos grupos minoritários, para benefício da eliminação de culpa das elites brancas – e do propósito do controle do Estado (este não tão nítido) -, que se transformaram em motivo de chacota.

Seja honesto consigo mesmo! Como pode a trupe esquerdista apoiar terroristas sanguinários do Hamas, Hezbolah e outros, desejando limpar o Estado de Israel do mapa e, por via de consequência, varrer os “judeus opressores” do globo? Escárnio total. O ódio do bem vermelho, além de tirar o antissemitismo do armário, proclama livremente o retorno de práticas nazistas, entoadas com bandeiras vermelhas com a suástica. Escárnio total.

Como a piada já vem pronta, percebo que a conscientização social sobre tais encenações dantescas, especificamente referente à politização canhota, vem crescendo substancialmente, enquanto a hipocrisia identitária vermelha tem perdido fôlego proporcional.

É necessária uma discussão profunda, científica e séria sobre esses temas relevantes para a sociedade, em especial para reestabelecer os vínculos de confiança e coesão social.

Pautas legítimas precisam ser tratadas com severidade e respeito, não como fantasmas de mentiras e falácias voltadas unicamente para os propósitos espúrios e partidários de progressistas de araque.

Tomara que meu prognóstico seja certeiro – para o bem de todos.

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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