O fascismo e a intervenção estatal
Os binários só enxergam esquerda e direita no espectro político. Visão tacanha.
Antigamente diziam que comunistas como Stalin e Mao eram de esquerda e fascistas como Mussolini e Hitler eram de direita.
Hoje, se olharmos os partidos socialistas, veremos que todos abandonaram o comunismo e se bandearam para o fascismo. Entenderam que melhor que ser proprietário dos meios de produção, característica do comunismo, é regular, controlar e tributar empresas privadas, seus donos, os trabalhadores e os consumidores que a eles estão ligados.
A escassez que o governo produz no comunismo cessa e, através da economia mista na qual o governo se imiscui no que é privado, é possível obter alguma abundância.
O problema é que, política e economicamente, se a dose de intervenção não é exagerada, o sistema funciona porque há muita gente que prefere viver de privilégios a viver do exercício puro, ideal, moral dos seus direitos.
Fascistas são nacionalistas, mercantilistas, coletivistas, subjetivistas, arbitrários, estatistas, autoritários. Fascismo é a ideologia que une a esquerda e a parte da direita, os místicos seculares que acreditam no estado como provedor do bem-estar da sociedade, o protagonista do progresso e do desenvolvimento, e os místicos religiosos que acreditam como os seculares em dogmas, revelações e autoridades.
Onde ficam os liberais? Aqueles que defendem os direitos individuais, o império das leis, o livre-mercado? Tentam combater o mal usando a razão que falta para seus adversários de ambos os lados.
Liberais não são o centro. Liberais são oposição. O centro nada mais é do que um extrato da mistura que se tornou a política nos dias atuais.